segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

PESSOA QUE VIVE NA SOLIDÃO, SEMPRE TEM UM SEMBLANTE ENTRISTECIDO.
                       I
Para quem tem a vida solitária
Sentindo falta duma companhia
Dividir tristeza e alegria
Quem a vê até fica solidária
Sempre tem uma vida sedentária
Exercer nesse não tá incluído
Parece em um canto esquecido
Por não ter com quem faça divisão
Pessoa que vive na solidão
Sempre tem um semblante entristecido.
                     II
Aquele que sempre fica sozinho
A gente vê logo no seu semblante
Por não ter uma vida tão brilhante
Sem ninguém para te fazer carinho
Esse que vive só sem ter o ninho
Que teve o seu amor excluído
Eu não sei a quem é atribuído
Achando ser uma ingratidão
Pessoa que vive na solidão
Sempre tem um semblante entristecido.
                     III
Pessoa que no mundo vive só
Não sei se pra isso foi preparado
Ficar só não está acostumado
Parece que a vida deu um nó
Sem amor não terá o seu xodó
E até já fica desiludido
E o seu coração fica ferido
Por não ter nenhuma percepção
Pessoa que vive na solidão
Sempre tem um semblante entristecido.
                      IV
Às vezes por causa do egoísmo
E por não pensar na pessoa amada
Acaba só e fica abandonada
E não tem na vida o romantismo
Mesmo que tem o seu brilhantismo
Acha que a vida não tem sentido
E até fica muito iludido
Mas no fim perde sua união
Pessoa que vive na solidão
Sempre tem um semblante entristecido.
                       V
Tão ruim a pessoa desprezada
Quando ao parceiro não dá valor
Acaba ficando sem o amor
Reclama por que foi abandonada
Fica com a forma angustiada
Achando que está tudo perdido
E que não devia ter cometido
O erro que levou pra exclusão
Pessoa que vive na solidão
Sempre tem um semblante entristecido.
                       VI
Solidão nunca vai se acabar
Enquanto não houver boa conversa
Pra viver algo só o interessa
E os dois poderem dialogar
Pra depois na vida não reclamar
Que no fim acabou tudo perdido
Combinar que nunca foi proibido
Viverem com a mesma proporção
Pessoa que vive na solidão
Sempre tem um semblante entristecido.
          Mossoró-RN, 22.02.2016.

                Ilton Gurgel, poeta.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

HOJE A FUNÇÃO DE UM CELULAR, DEIXA O DONO DELE DEPENDENTE.
                      I
Antes a nossa comunicação
Imensa era a dificuldade
O homem com sua capacidade
Cresceu e fez sua evolução
Antes só existia orelhão
Mudado com estudo eficiente
Atingiu hoje qualquer continente
Pra esse quadro se modificar
Hoje a função de um celular
Deixa o dono dele dependente.
                    II
Produto que desde o seu início
Foi feito para ser utilizado
E logo ficou popularizado
Pra usar ele tem tanto ofício
Modelo dele teve desperdício
Com tanto lançamento atraente
A função cresceu o suficiente
 Do simples modelo aposentar
Hoje a função de um celular
Deixa o dono dele dependente.
                    III
Celular que tanto evoluiu
Ele tem chip e computador
A rede social é o teor
Que tanto o consumo atraiu
Crescendo o seu usuário viu
Que virou um serviço permanente
Grande é quantidade de cliente
Tendo aplicativo pra baixar
Hoje a função de um celular
Deixa o dono dele dependente.
                     IV
Usado pelo profissional
Na função de modo apropriado
Torpedo por ele é enviado
Usa e nem precisa de ramal
Tem jogo e tem rede social
Varia tanta função diferente
Com ele preparamos simplesmente
Mensagem de texto pra enviar
Hoje a função de um celular
Deixa o dono dele dependente.
                     V
Tendo a sua utilização
Sabemos que ela é necessária
Já não é duma forma secundária
Grande é uso para diversão
Tem até grupo de competição
Tornando pra o jovem atraente
Vicia no jogo adolescente
Que leva o seu tempo em jogar
Hoje a função de um celular
Deixa o dono dele dependente.
                    VI
Usado pra tirar fotografia
Imagem duma boa qualidade
Tendo a imensa capacidade
Fato que a todos beneficia
Crescendo sua tecnologia
Para ter oferta do concorrente
Operadora que é tão potente
Só lança para beneficiar
Hoje a função de um celular
Deixa o dono dele dependente.
      Mossoró-RN, 21.02.2016.
        




sábado, 20 de fevereiro de 2016

EU NÃO SEI ATÉ QUANDO VOU VIVER, TENDO UM SALÁRIO ASSIM MINGUADO.
                      I
É triste hoje o trabalhador
Trabalha passa o dia inteiro
No bolso sem ter a cor do dinheiro
O mesmo é grande batalhador
Acaba sendo grande devedor
Já que é simples assalariado
Espera receber o seu bocado
Sem saber quanto que vai receber
Eu não sei até quando vou vier
Tendo um salário assim minguado.
                     II
Grande é nossa preocupação
Salário já virou a magra banha
Vejo que tudo que a gente galha
Perdemos todo para a inflação
Mercado fazendo remarcação
Tendo o preço etiquetado
Ficando um orçamento salgado
Mistura não se pode mais comer
Eu não sei até quando vou vier
Tendo um salário assim minguado.
                    III
Salário já não é pago em dia
As contas que são pagas atrasadas
Valores de multas que são cobradas
Aumenta mais a nossa agonia
Na gente hoje ninguém mais confia
Achando que a gente é o culpado
Dizer não é um ato praticado
Que hoje todos nós podemos ver
Eu não sei até quando vou viver
Tendo um salário assim minguado.
                         IV
Já não dá pra comprar a prestação
Por causa do juro que é tormento
E multa com todo alinhamento
Sem falar não tem negociação
Sujeito a haver reprovação
Por que o contra cheque apresentado
É baixo para ser analisado
Resta só a vontade de querer
Eu não sei até quando vou viver
Tendo um salário assim minguado.
                       V
A gente escuta frase bonita
O que é propaganda enganosa
Para a gente torna perigosa
Só não tem é quem ela acredita
Reclamar eu peço que me permita
Direito da gente é abalado
Às vezes com salário atrasado
Fica só na loja pra gente ver
Eu não sei até quando vou vier
Tendo um salário assim minguado.
                     VI
Hoje tem no País vale-transporte
Que inclui no piso salarial
Desconta no salário integral
Direito que chega a ter seu corte
Passagem está no preço da morte
O preço é muito exagerado
O lucro que no fim é faturado
Ele faz empresário enriquecer
Eu não sei até quando vou vier
Tendo um salário assim minguado.
        Mossoró-RN, 20.02.2016.
            Ilton Gurgel, poeta.








quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A ARTE DE RIMAR É CENTENÁRIA, ELA VEM DO NOSSO ANTEPASSADO.
                    I
Poeta quando faz a poesia
Na arte ele se identifica
A boa impressão é a que fica
Talento mostrado em cantoria
Faz parte até da ecologia
Fato que me deixa realizado
Com uma comida ser comparado
Quando tem uma boa culinária
A arte de rimar é centenária
Ela vem do nosso antepassado.
                    II
Talento vem desde antigamente
Dos nossos bisavós já existia
Versos que quem ouve se contagia
Quando ver improviso no repente
Poeta cria o verso na mente
Na hora para ser apresentado
Tem algum que se torna engraçado
Ele tem sua luta secundária
A arte de rimar é centenária
Ela vem do nosso antepassado.
                       III
Poeta é um profissional
Quando faz do verso a sua arte
A rima que está em toda parte
O que é muito tradicional
A força do intelectual
Ele tem o assunto abordado
Cultura que no solo é plantado
Em uma visão que imaginária
A arte de rimar é centenária
Ela vem do nosso antepassado.
                    IV
Existe o poeta amador
Também tem tanto tipo de poeta
Pra dizer a inspiração correta
Maioria expressa o amor
Poeta que escreve é escritor
Eu já vi até um doutor formado
Poeta era um advogado
Dizia até rima legendária
A arte de rimar é centenária
Ela vem do nosso antepassado.
                      V
Eu lembro do meu tempo de menino
No rádio escutava cantoria
A dupla com Eliseu Ventania
O outro era João Liberarino
Era igual a toada de um sino
Ritmo que é bem apropriado
Cultura que hoje é conservado
Tinha até verso para secretária
A arte de rimar é centenária
Ela vem do nosso antepassado.
                  VI
A rima tem a sua importância
A boa fica bem metrificada
Cantando com a viola tocada
Poeta mostra sua elegância
Unindo a mais longa da distância
Revendo tudo que foi amostrado
E pelo povo sempre é lembrado
Uma ação que é extraordinária
A arte de rimar é centenária
Ela vem do nosso antepassado.
          Mossoró-RN, 18.02.2016.
              Ilton Gurgel, poeta.








quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

MOSQUITO DA DENGUE É PERIGOSO, PRECISA URGENTE SER COMBATIDO.
                        I
Problema que está acontecendo
A gente fica tão preocupado
Quando o ser humano é picado
Sempre a pessoa não está vendo
Saúde pra doença vai cedendo
Logo o paciente é atingido
Mosquito com o jeito atrevido
No mundo está ficando famoso
Mosquito da dengue é perigoso
Precisa urgente ser combatido.
                        II
Perigo tendo água parada  
Ele vai seu ovo depositar
Da lavra o mosquito vai gerar
Depois a pessoa é ferroada
Com isso já fica contaminada
O vírus no corpo é incluído
Tendo o paciente contraído
Esse mal que é tão audacioso
Mosquito da dengue é perigoso
Precisa urgente ser combatido.
                     III
Mosquito “Da dengue” é transmissor
Tem outras doenças que contagia
 O “zika vírus”,” microcefalia”
“Chicungunha” é um mal de tanta dor
Inseto é o grande causador
Deixando o paciente sofrido
Hospital pra esse ser atendido
Espera por um tempo valioso
Mosquito da dengue é perigoso
Precisa urgente ser combatido.
                   IV
Aedes Aegypti é o mosquito
Um nome difícil de ser chamado
Que deixa o povo preocupado
Por trazer um mal grande e esquisito
Causando tanta dor tanto conflito
Seu ferrão no corpo introduzido
Que pica na hora não é sentido
Depois o perigo é monstruoso
Mosquito da dengue é perigoso
Precisa urgente ser combatido.
                   V
Precisa a conscientização
E também muito esclarecimento
Para que haja mais entendimento
Por parte da nossa população
Precisa duma fiscalização
Com água onde não é permitido
Cuidado com o suor expelido
Pode ter o vilão malicioso
Mosquito da dengue é perigoso
Precisa urgente ser combatido.
                     VI
Pra todos acabar este mal
Ajude divulgar este poema
Combater quem causa tanto problema
E quem traz a doença radical
Não importa a classe social
Precisa todo mundo dá ouvido
Divulgar sei que não é proibido
O povo precisa ser corajoso
Mosquito da dengue é perigoso
Precisa urgente ser combatido.
        Mossoró-RN, 17.02.2017.
             Ilton Gurgel, poeta.






NO SERTÃO QUANDO CHOVE A ROTINA, MELHORA E MUDA COMPLETAMENTE.
                            I
No Sertão temos sempre esperança
De termos uma boa invernada
Para ter a situação mudada
Fato que toda vontade avança
Sertanejo objetivo alcança
Quando vê uma chuva no nascente
Mudando nosso quadro de repente
Um quadro que o povo se fascina
No Sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
                       II
Acaba no Sertão a agonia
Por não ter água para se beber
Sem saber de onde que vai trazer
O que é uma grande correria
Com chuva todo açude enchia
Precisa que seja frequentemente
Para que possa ser suficiente
Chuva que dos olhos é a retina
No sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
                      III
Começa esperança no trovão
Estronda e toda pessoa escuta
É o som que parece uma batuta
Daquele que toca uma canção
Tendo a importância pro Sertão
Isso que anima a nossa gente
A seca que antes era valente
Com chuva fica verde a campina
No Sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
                      IV
A seca que é tão devoradora
E contra ela a pessoa luta
Chovendo muda toda a conduta
Vemos que chuva é esmagadora
A chuva é intermediadora
Gradua no Sertão sua patente
E disso sertanejo é consciente
A chuva pra seca é a vacina
No Sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
                         V
Com chuva tem água na cachoeira
O rio com enchente tem bascui
No Sertão é um lixo que inclui
Na margem onde fica a sujeira
A chuva é a única maneira
De ver o sertanejo bem contente
Na terra ele planta a semente
Para ter produção com vitamina
No Sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
                        VI
O gado tem a própria ração
O capim que nasce da natureza
Criado alimento com franqueza
Acaba nossa preocupação
Inverno oferece opção
A planta no roçado fica rente
Fileira plantada é na corrente
Na terra que parece heroína
No Sertão quando chove a rotina
Melhora e muda completamente.
        Mossoró-RN, 17.02,2016.
             Ilton Gurgel, poeta.




terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

POETA É UM DOUTOR, NA ARTE DA POESIA.
               I
Ter uma inspiração
O poeta popular
Já começa a rimar
No verso que é padrão
Causa admiração
E até o contagia
Uma arte sem magia
Dada pelo criador
Poeta é um doutor
Na arte da poesia.
              II
Quase não faz faculdade
Estuda o necessário
Para seu itinerário
Da sua capacidade
Estudo é raridade
O saber é a franquia
Só em Deus esse confia
Para ser um rimador
Poeta é um doutor
Na arte da poesia.
              III
Um doutor estuda bem
Tem a sua formatura
O próprio se assegura
Com a profissão que tem
E o poeta também
Segue sua teoria
Prática esse envia
Seu trabalho propulsor
Poeta é um doutor
Na arte da poesia.
              IV
Profissão de jornalista
E também de engenheiro
Arquiteto de primeiro
 Médico e oculista
Bioquímico analista
Tem quem faça cirurgia
Todos só se formaria
Por que tem um professor
Poeta é um doutor
Na arte da poesia.
              V
O poeta se dedica
A fazer a sua rima
A pessoa se anima
Quando o verso especifica
Na memória dele fica
Pra rimar sem fantasia
Fazendo a parceria
Sem intermediador
Poeta é um doutor
Na arte da poesia.
             VI
Tem o profissional
Que ganha só de rimar
Pra ele se sustentar
Tem o suado real
Um intelectual
Que a gente aprecia
A arte que mostraria
Do poeta seu valor
Poeta é um doutor
Na arte da poesia.
       Mossoró-RN, 16.02.2016.
            Ilton Gurgel, poeta.


SÓ RECLAMA DO SERTÃO, QUEM NÃO CONHECE DE PERTO.
                I
Nosso Sertão brasileiro
Tão amado e querido
Do Governo esquecido
Visto por politiqueiro
Sertanejo é um guerreiro
Prova que é bem honesto
Uma coisa que detesto
Quem faz dele exclusão
Só reclama do Sertão
Que não conhece de perto.
                  II
Um lugar descriminado
Por quem é ignorante
O Sertão é mais gigante
Que Golias equipado
Por Deus é abençoado
Onde tudo é concreto
Para ele eu desperto
E tenho dedicação
Só reclama do Sertão
Quem não conhece de perto.
                 III
A cultura a mostrar
A dança do pastoril
Exclusivo no Brasil
Uma arte milenar
Onde só faz prosperar
Um lugar que é tão ferto
Serão é um voto aberto
E tem muita produção
Só reclama do Sertão
Quem não conhece de perto.
                 IV
Tanta exclusividade
Feita pela natureza
Sertão tem sua beleza
Sua naturalidade
A sua suavidade
Segue no caminho certo
Plantação feita por berto
Com a enxada na mão
Só reclama do Sertão
Quem não conhece de perto.
                      V
O seu desenvolvimento
Há muitos anos chegou
Ele se modernizou
Teve grande crescimento
Com o acompanhamento
Experiência de terto
Seu conceito é o inverto
Do sulista e região
Só reclama do Sertão
Quem não conhece de perto.
                  VI
No Sertão o visitante
Recebe o que merece
O melhor que acontece
Ocorre todo instante
O que não é relevante
Deboche de desonesto
Quem falar mal eu contesto
Defendo com coração
Só reclama do Sertão
Quem não conhece de perto.
         Mossoró-RN, 15.02.2016.
             Ilton Gurgel, poeta.


sábado, 13 de fevereiro de 2016

OS COSTUMES DO SERTÃO, NUNCA VÃO SE ACABAR
                   I
Sertanejo verdadeiro
O seu uso e costume
O sertanejo assume
E segue o seu roteiro
Não é falta de dinheiro
Que não vamos conservar
Costumes a praticar
Na mais pura tradição
Os costumes do Sertão
Nunca vão se acabar.
               II
Primeiro vem o respeito
Com qualquer autoridade
Quem vive na mocidade
Vê nos pais um bom conceito
Pois esse tem o direito
De poder nos reclamar
Se um erro praticar
Faz logo a correção
Os costumes do Sertão
Nunca vão se acabar.
                III
Pedir moça em casamento
Pra depois ter o noivado
Compromisso confirmado
Nesse acontecimento
A palavra no momento
O pai dela vai honrar
E o noivo confirmar
E evita traição
Os costumes do Sertão
Nunca vão se acabar.
              IV
Evitar a bebedeira
Na frente dos nossos pais
As imagens são reais
Não é uma brincadeira
E também não é besteira
Na frente dele fumar
Vamos sempre respeitar
A mais velha geração
Os costumes do Sertão
Nunca vão se acabar.
              V
Mesmo com nosso saber
Não devemos corrigir
Os pais que vão se sentir
Sem prestígio e entender
O filho pode crescer
Do pai não vai reclamar
Pendência fica no ar
Por causa da gratidão
Os costumes do Sertão
Nunca vão se acabar.
               VI
Eu não acho rigoroso
No Sertão sua cultura
É uma forma segura
De poder ser caprichoso
Seguir não é perigoso
Podemos acompanhar
Isso podemos herdar
É uma dedicação
Os costumes do Sertão
Nunca vão se acabar.
      Mossoró-RN, 14.02.2016.
            Ilton Gurgel, poeta.




DIALETO DO SERTÃO, HOJE É POUCO USADO.
                   I
Nossa fala tem um teto
De sotaque conhecido
No Sertão é tão ouvido
Avô ensina pro neto
Pois o próprio dialeto
Chamam de palavreado
Tendo raiva está zangado
Briga chamam confusão
Dialeto do Sertão
Hoje é pouco usado.
               II
Respeito é disciplina
Murro chamam de bofete
Comprimido é cachete
Aqui o poeta ensina
Quem não gasta é sovina
Tem que é encabulado
É quem fica acanhado
De tudo tem restrição
Dialeto no Sertão
Hoje é pouco usado.
                  III
Bulir que tem o sentido
É o mesmo que mexer
Menino sem atender
Dizem que é maluvido
Dialeto incluído
Ter o bode amarrado
É quem fica amoado
Não quer comunicação
Dialeto do Sertão
Hoje é pouco usado.
               IV
Quem tem presa diz “Havia”
Arribar é levantar
Menino vai arengar
Colocar chama enfia
Vexado tem agonia
Difrunso é tá gripado
Ter dinheiro é estribado
E lhe chamam de barão
Dialeto do Sertão
Hoje é pouco usado.
               V
Aluno faz cachorrada
O mesmo que bagunçar
Rir da cara é mangar
Gritar é fazer zoada
Astúcia é presepada
Jogou é ter rebolado
Quando duro é reclamado
Diz que levou um carão
Dialeto do Sertão
Hoje é pouco usado.
               VI
O besta é idiota
Quem não paga é veiaco
Encharcar é encher saco
Ter um grupo é ter patota
Homem feio é marmota
Vermelho é encarnado
Ter um dente arrancado
É mesmo que extração
Dialeto do Sertão
Hoje é pouco usado.
         Mossoró-RN, 13.02.2016.
              Ilton Gurgel, poeta.

















sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016


NOSSO SERTÃO SÓ PRODUZ, PRODUTO DE QUALIDADE

                I

Nossas terras do Sertão

Com a sua aderência

Da seca a resistência

Tem a sua produção

Chuva ou irrigação

Vem logo integridade

Tendo a prosperidade

Com a bênção de Jesus

Nosso Sertão só produz

Produto de qualidade.

               II

Pronto para exportar

E também para consumo

O Sertão temos o rumo

Do que podemos plantar

Bom para saborear

Com tanta variedade

Uma exclusividade

Do Sertão é o cuscuz

Nosso Sertão só produz

Produto de qualidade.

                III

Rapadura ou batida

Tapioca ou beiju

A castanha do caju

Além de tanta comida

Toda ela inserida

A maior capacidade

É uma facilidade

Sabor que ela conduz

Nosso Sertão só produz

Produto de qualidade.

               IV

Comer peixe com espinha

Frito estrala no dente

Beber uma aguardente

Tirar gosto com galinha

Pirão feito de farinha

Feito na propriedade

Sem prazo de validade

A comida nos seduz

Nosso Sertão só produz

Produto de qualidade.

                  V

Tradicional buchada

E caldo de mocotó

Comer carne de mocó

Também a costela assada

A gostosa feijoada

Não fica pela metade

O caldo da caridade

Pra ressaca é uma luz

Nosso Sertão só produz

Produto de qualidade.

               VI

Bom é o sarapatel

Da cabeça o miúdo

Com todo seu conteúdo

E também tem o pastel

Da abelha vem o mel

O que não é novidade

Na fazenda ou na cidade

Na mesa se introduz

Nosso Sertão só produz

Produto de qualidade.

       Mossoró-RN, 12.02.2016.

            Ilton Gurgel, poeta.

 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

PRETENDO NÃO MAIS SAIR, DO NORDESTE BRASILEIRO.
               I
Adoro ser nordestino
Orgulho da minha vida
A minha terra querida
Do meu tempo de menino
Quando eu era traquino
Era muito presepeiro
Com o meu jeito maneiro
De brincar e divertir
Pretendo não mais sair
Do Nordeste brasileiro.
                  II
Na minha adolescência
Ouvia contar história
Até hoje na memória
Guardo com eficiência
De quem vive com decência
De quem foi um cangaceiro
De um povo desordeiro
Sempre a gente ouvir
Pretendo não mais sair
Do Nordeste brasileiro.
                   III
Cangaço de Lampião
Que era o Virgulino
E no Sertão nordestino
Era o grande valentão
Fosse hoje era arrastão
Com bando de cangaceiro
Pegar ouro e dinheiro
Com a mulher dividir
Pretendo não mais sair
Do Nordeste brasileiro.
                 IV
Nordeste abençoado
Duma excelente terra
De longe vemos a serra
Com o pico elevado
Beleza pra todo lado
Do turismo o roteiro
Encontramos de primeiro
Lugar bom para seguir
Pretendo não mais sair
Do Nordeste brasileiro.
                  V
O seu lindo litoral
Com tanta da opção
Para ter a diversão
Onde tudo é natural
Sua produção de sal
Manguezal com cajueiro
A noite o seresteiro
Para a pessoa curtir
Pretendo não mais sair
Do Nordeste brasileiro.
                VI
Sei que quem raciocina
Ama muito o Nordeste
O empresário investe
Com comércio na esquina
Nordeste é a resina
Nos deixa prisioneiro
Pois é um tiro certeiro
Para quem quer investir
Pretendo não mais sair
Do Nordeste brasileiro.
      Mossoró-RN, 11.02.2016.
            Ilton Gurgel, poeta.






quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

EU AMO O MEU SERTÃO, COM SEU JEITO ORIGINAL.
                I
Hoje no tempo moderno
O mundo globalizado
No Sertão é encontrado
Até falta de inverno
Nele viverei eterno
É o meu lugar real
Seja na zona rural
Cidade ou região
Eu amo o meu Sertão
Com seu jeito original.
                II
O Sertão é o lugar
Muito bom pra se viver
Nele eu pude crescer
E sempre admirar
E sem me acostumar
Morando noutro local
Que cheguei a passar mal
Saudade no coração
Eu amo o meu Sertão
Com seu jeito original.
                III
No Sertão a gente pode
Criar porco e galinha
Rapadura com farinha
E também carne de bode
Comer até o sacode
Dum sabor fenomenal
Sendo tudo natural
Sem ter contaminação
Eu amo o meu Sertão
Com seu jeito original.
                IV
Na vida já fiz besteira
Do Sertão ter me mudado
Não fiquei acostumado
Viver de outra maneira
Quase que tomei rasteira
Diferença é total
Pois não tem nada igual
Que nossa animação
Eu amo o meu Sertão
Com seu jeito original.
                V
O sotaque verdadeiro
Que é meio arrastado
Na rua eu sou chamado
Por matuto ou beradeiro
Pegar coco no coqueiro
Banana no bananal
Ter por foco principal
Conservar a tradição
Eu amo o meu Sertão
Com seu jeito original.
               VI
Comer um milho assado
Na brasa duma fogueira
Atirar de baladeira
Comer u guiné torrado
Carne de porco capado
O que não achamos mal
O mais puro cereal
Para alimentação
Eu amo o eu Sertão
Com seu jeito original.
        Mossoró-RN, 10.02.2016.
              Ilton Gurgel, poeta.



A CHUVA TRAZ BENEFÍCIO, PARA O AGRICULTOR.
                I
Quando cai uma neblina
Pro Sertão é alegria
Ela traz a anistia
Pra Região nordestina
A seca que é a sina
De um povo sofredor
Alivia nossa dor
Supera o sacrifício
A chuva traz benefício
Para o agricultor.
                II
Para nossa plantação
Vendo a terra molhada
Com a semente plantada
Nós temos a produção
Milho verde e feijão
Dum excelente sabor
A mata muda de cor
Com um grande artifício
A chuva traz benefício
Para o agricultor.
               III
O açude na represa
A sua forte sangria
Povo se beneficia
Além de tanta beleza
O rio com correnteza
A água com esplendor
Agradeço ao Senhor
Por fazer este ofício
A chuva traz benefício
Para o agricultor.
              IV
O queijo e a coalhada
Manteiga e rapadura
Forma grande espessura
Duma prenda enviada
Uma mesa recheada
Para o consumidor
Consume com bom humor
Evita o desperdício
A chuva traz benefício
Para o agricultor.
              V
A chuva em quantidade
Quando da nuvem cair
Alegria transmitir
Melhora a qualidade
Da especialidade
Que sentimos sem ter dor
Pois o nosso criador
Não faz nada fictício
A chuva traz benefício
Para o agricultor.
              VI
Um excelente astral
Quem cuida do seu roçado
Com o inverno chegado
Um tempo especial
O trabalhador rural
Acaba todo rancor
Por ser ele um produtor
Já planta do seu início
A chuva traz benefício
Para o agricultor.
         Mossoró-RN, 09.02.2016.
               Ilton Gurgel, poeta.





EU FICO MITO FELIZ, VENDO A CHUVA CAIR.
               I
Nosso Sertão sofredor
Onde mora minha gente
Um povo inteligente
Que cativa o amor
A seca causa pavor
Não faz ninguém desistir
Chuva que no Céu surgir
Vem como a gente diz
Eu fico muito feliz
Vendo a chuva cair.
              II
Muito bom a invernada
A chuva traz alegria
Confiança nos envia
Vendo a terra molhada
Nada a ser comparada
E a emoção sentir
Nunca substituir
O lugar deste País
Eu fico muito feliz
Vendo a chuva cair.
               III
O inverno traz vantagem
Renova a produção
Certeza da plantação
Com o fim da estiagem
Nem precisa reciclagem
Para o trovão ouvir
Toda a chuva curtir
Com o cheiro no nariz
Eu fico muito feliz
Vendo a chuva cair.
               IV

Adoro a melodia
Pelo povo escutado
Que caindo no telhado
Seu vapor nos aquecia
Seja noite ou seja dia
Para a gente dormir
O seu som vindo surgir
Nós queremos até bis
Eu fico muito feliz
Vendo a chuva cair.
             V
O relâmpago clareia
Que a gente sente medo
Mas não tem nenhum segredo
Não é uma coisa feia
Sempre depois duma ceia
A chuva vem divertir
Molha quem nela sair
Pois ninguém é de verniz
Eu fico muito feliz
Vendo a chuva cair.
               VI
Presente da natureza
Vem do Pai eterno
Nós gostamos do inverno
Por que tem tanta grandeza
A chuva é a certeza
Que temos pra progredir
Compromisso assumir
Com o progresso já fiz
Eu fico muito feliz
Vendo a chuva cair.
          Mossoró-RN, 08.02.2016.
                Ilton Gurgel, poeta.




EU FICO REALIZADO, QUANDO CHEGO NO SERTÃO.
               I
Amo muito o lugar
Que foi onde eu nasci
Lugar onde eu cresci
E onde fui me criar
Ele é meu bem estar
Onde está meu coração
Chegando na região
Sinto-me congratulado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
                II
A minha terra natal
Deixa-me muito feliz
Está a minha raiz
Onde tudo é natural
O Sertão é sem igual
Sem contraindicação
É minha convicção
Aqui fui originado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
               III
Brincadeiras eu me lembro
Quando eu era menino
O meu solo nordestino
Doido pra chegar Novembro
Pra ter férias em Dezembro
E sair da diversão
Brincadeira com peão
De tudo era brincado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
               IV
Sertão é só alegria
Apesar do sofrimento
A gente vive momento
De imensa euforia
Por que é nossa bacia
E a nossa formação
E além da tradição
Que estou acostumado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
                V
Corrida de argolinha
Poeira da queijada
O forró numa latada
O cantar duma rolinha
O piar da andorinha
E o grito do carão
O medo do gavião
Com o bico afiado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
                 VI
E a nossa culinária
Queijo quente é servido
O doce que é vendido
Uma arte centenária
Toda produção agrária
Melancia e melão
Arroz vermelho do chão
Comer com bode assado
Eu fico realizado
Quando chego no Sertão.
       Mossoró-RN, 07.02.2016.
             Ilton Gurgel, poeta.







QUEM MORA NUMA FAZENDA, VIVE COM TRANQUILIDADE.
                I
Hoje é só correria
A nossa vida urbana
A população humana
Corre durante o dia
Parece alegoria
Dum enredo da cidade
Correr é finalidade
Quem quiser que compreenda
Quem mora muna fazenda
Vive com tranquilidade.
                II
Na fazenda é assim
Ar puro pra respirar
Sem ter hora pra chegar
O que não acho ruim
Sem começo e sem fim
É a mesma igualdade
Suprir a necessidade
A gente vai numa venda
Quem mora numa fazenda
Vive com tranquilidade.
                  III
Muitas vezes o patrão
É a própria pessoa
Sem fazer coisa atoa
E sem dá satisfação
E depois da refeição
Dormir com a liberdade
Na melhor austeridade
Uma vida sem emenda
Quem mora muna fazenda
Vive com tranquilidade.
                 IV
Sem ter a hora marcada
Para a obrigação
Sem haver a sujeição
Pra cumprir nossa jornada
A noite é esperada
Com superioridade
Dormir na propriedade
Com a coberta de renda
Quem mora numa fazenda
Vive com tranquilidade.
                 V
Ouvir o galo cantar
Na barra da madrugada
Ver a vaca animada
É hora de levantar
Pra do gado cuidar
E ter produtividade
Para ter prosperidade
Necessidade atenda
Quem mora numa fazenda
Vive com tranquilidade.
                VI
Fazenda tem a beleza
Ambiente natural
O cheiro do animal
Vem tudo da natureza
E com a mesma clareza
Sem especialidade
O prazo de validade
A pessoa não se prenda
Quem mora numa fazenda
Vive com tranquilidade.
         Mossoró-RN, 06.02.2016.
             Ilton Gurgel, poeta.