segunda-feira, 25 de março de 2019


JOÃO-DE-BARRO
               I
Admiro o joão-de-barro
E sua inteligência
Com o bico e as asas
Constrói sua residência
É um pedreiro pernalta
Da obra da providência.
                II
Sem estudo e sem ciência
Ele constrói o seu lar
Um lugar aconchegante
Pra o mesmo repousar
Feliz com sua amada
Fica o tempo a cantar.
                III
Gosto de admirar
Trabalho do joão-de-barro
Simples faz tanta beleza
Fato que eu me amarro
É nele que me inspiro
Ideia que me agarro.
                 IV
Respeitar um joão-de-barro
É nossa obrigação
A sua obra de arte
Causa admiração
Torna pra o passarinho
A verdadeira mansão.
                V
Canta a linda canção
Para a sua amada
Na casa que construiu
Por ele é decorada
Com o ninho do amor
Felicidade formada.
                 VI
Com a casa já formada
Eles ficam protegidos
Seja sol ou seja chuva
Dentro ficam escondidos
A felicidade pura
Quando os dois ficam unidos.
               VII
A eles atribuídos
A maior felicidade
Uma união perfeita
Com tanta fidelidade
Num habitar natural
De enorme qualidade.
                VIII
Pra nossa humanidade
É ponto de referência
Onde falta de amor
Traz terrível evidência
João-de-barro dá exemplo
Como vive com decência.
                  IX
Natural tem a essência
Que produz todo amor
A sua fidelidade
Com todo o seu teor
Assim é a natureza
Que Deus foi o criador.
                 X
Sem inveja e sem rancor
Tudo é muito perfeito
Livres voam alegremente
Sem uso de preconceito
Vive na sua morada
Que dele é de direito.
              XI
O homem tira proveito
Quando faz a construção
No superfaturamento
Esse faz corrupção
Envergonha o ser humano
Chama de evolução.
             XII
Dei uma explicação
De modo racional
Aqui exemplifiquei
O joão-de-barro real
O seu jeito de viver
De maneira natural.
            Mossoró-RN, 25.03.2019
                  Ilton Gurgel, poeta.











quarta-feira, 20 de março de 2019


O SERTÃO PELA CHUVA É BANHADO, FATO QUE A TODOS BENEFICIA
                          I
É tão bom quando chove no Sertão
A gente vê a água cristalina
Chuva que dos olhos é a retina
Beleza que é pura emoção
Tão lindo ouvir o som do trovão
E olhar a chuva quando desfia
Molhando toda a nossa bacia
Deixa o sertanejo animado
O Sertão pela chuva é molhado
Fato que a todos beneficia.
                     II
A chuva no Sertão é uma festa
Ela é a nossa grande riqueza
Pois chuva que nos dá uma grandeza
O Sertão inteiro se manifesta
Linda é a beleza da floresta
Que ao ver todo mundo elogia
Renova toda nossa energia
Sinal que o inverno é chegado
O Sertão pela chuva é molhado
Fato que a todos beneficia.
                      III
Chuva é quem nos dá tranquilidade
Sabemos com ela temos fartura
Cresce o poder da agricultura
Trazendo para a mesa novidade
Produtos de primeira qualidade
Como o milho verde e melancia
E tendo mais tanta da iguaria
Dum sabor que é tão apreciado
O Sertão pela chuva é molhado
Fato que a todos beneficia.
                        IV
A chuva faz toda transformação
Na vida da pessoa sertaneja
Chuva que a gente tanto deseja
Vem molhar as terras do meu Sertão
Deixando molhado o nosso chão
O calor que com a chuva esfria
Tristeza transforma em alegria
Sabemos muito bem o resultado
O Sertão pela chuva é molhado
Fato que a todos beneficia.
                    V
O gado leiteiro come pastagem
Verdinha que nasceu com o sereno
Quem planta prepara o seu terreno
Trabalha com mais garra e coragem
O Sertão muda a sua paisagem
Acaba da seca a agonia
Só em Deus o sertanejo confia
E ninguém fica mais preocupado
O Sertão pela chuva é molhado
Fato que a todos beneficia.
                   VI
Escutar o ronco da cachoeira
No rio corre água e bascui
São cenas que na visão se inclui
Da telha corre água na biqueira
Inverno que tem a sua maneira
De deixar o Sertão com harmonia
A noite ouvir o cantar da jia
Por isso a Deus  muito obrigado
O Sertão pela chuva é molhado
Fato que a todos beneficia.
             Mossoró-RN, 19.03.2019
                   Ilton Gurgel, poeta.