JOÃO-DE-BARRO
I
Admiro o
joão-de-barro
E sua
inteligência
Com o bico e
as asas
Constrói sua
residência
É um
pedreiro pernalta
Da obra da
providência.
II
Sem estudo e
sem ciência
Ele constrói
o seu lar
Um lugar
aconchegante
Pra o mesmo
repousar
Feliz com
sua amada
Fica o tempo
a cantar.
III
Gosto de
admirar
Trabalho do
joão-de-barro
Simples faz
tanta beleza
Fato que eu
me amarro
É nele que
me inspiro
Ideia que me
agarro.
IV
Respeitar um
joão-de-barro
É nossa
obrigação
A sua obra
de arte
Causa
admiração
Torna pra o
passarinho
A verdadeira
mansão.
V
Canta a
linda canção
Para a sua
amada
Na casa que
construiu
Por ele é
decorada
Com o ninho
do amor
Felicidade
formada.
VI
Com a casa
já formada
Eles ficam
protegidos
Seja sol ou
seja chuva
Dentro ficam
escondidos
A felicidade
pura
Quando os
dois ficam unidos.
VII
A eles atribuídos
A maior
felicidade
Uma união
perfeita
Com tanta
fidelidade
Num habitar
natural
De enorme
qualidade.
VIII
Pra nossa
humanidade
É ponto de
referência
Onde falta
de amor
Traz terrível
evidência
João-de-barro
dá exemplo
Como vive
com decência.
IX
Natural tem
a essência
Que produz
todo amor
A sua
fidelidade
Com todo o
seu teor
Assim é a
natureza
Que Deus foi
o criador.
X
Sem inveja e
sem rancor
Tudo é muito
perfeito
Livres voam alegremente
Sem uso de
preconceito
Vive na sua
morada
Que dele é
de direito.
XI
O homem tira
proveito
Quando faz a
construção
No superfaturamento
Esse faz
corrupção
Envergonha o
ser humano
Chama de
evolução.
XII
Dei uma
explicação
De modo
racional
Aqui exemplifiquei
O joão-de-barro
real
O seu jeito
de viver
De maneira
natural.
Mossoró-RN, 25.03.2019
Ilton Gurgel, poeta.