segunda-feira, 17 de agosto de 2020

 

A SAUDADE É A PRESENÇA, DA AUSÊNCIA DE ALGUÉM

                 I

Falando sobre saudade

Que machuca o coração

Causa preocupação

E também ansiedade

Ponto fraco da maldade

E tudo que a gente tem

A saudade vai além

Para muitos é doença

A saudade é a presença

Da ausência de alguém.

                  II

Nunca vi quem não sentiu

A saudade em sua vida

Na ausência da querida

Ela sempre existiu

A própria mente feriu

E o coração também

Quando a saudade vem

A vida fica extensa

A saudade é a presença

Da ausência de alguém.

                  III

Pois não é filosofia

De intelectual

A saudade é real

Com tristeza a agonia

Sei que ninguém aprecia

Quando nós queremos bem

Essa distância que tem

Nunca vi quem ela vença

A saudade é a presença

Da ausência de alguém.

                IV

Ela está sempre presente

Na nossa mentalidade

Tem uma velocidade

Para nos deixar doente

Mesmo sendo consciente

Sempre pensa no além

Restando o que contém

Causa até desavença

A saudade é a presença

Da ausência de alguém.

                  V

Não vejo nenhum mistério

A pessoa assumir

A saudade que sentir

De quem ama com critério

Esse assunto é sério

Debate pra mais de cem

A gente vira refém

Indeciso se convença

A saudade é a presença

Da ausência de alguém.

               VI

Sem fazer requisição

Ou qualquer outro pedido

Deixa o coração ferido

E muita apreensão

Mexe bem na emoção

Não fica nenhum porém

Seja dúvida de quem

Todos cumprem a sentença

A saudade é a presença

Da ausência de alguém.

               Mossoró-RN, 17.08.2020

                      Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

BECO VELHO DA CIDADE

                I

Nossa velha Caraúbas

Tão amada e querida

Cidade que no passado

Vivemos a nossa vida

Ela na nossa memória

Nunca será esquecida.

               II

A ela atribuída

Toda a dedicação

Do celeiro cultural

A nossa educação

Destacamos na cidade

Com grande evolução.

                III

Peço aqui a permissão

A Deus o nosso Senhor

Pra falar de uma rua

Da qual sentimos amor

O famoso Beco Velho

Com seu imenso valor.

                IV

Ele com o seu penhor

Muito tradicional

No início ele foi

Avenida principal

E além disso já foi

Um polo industrial.

              V

Teve o mercado central

Girando economia

O seu Antônio Manu

Com sua serralheria

Onde fabricava móveis

De alta categoria.

            VI

Teve a saboaria

Que fabricava sabão

De tio Raimundo Rosendo

Era grande a produção

E tinha artesanal

Uma fábrica de colchão.

              VII

Aqui na ocasião

Seguindo no meu cordel

A oficina de móveis

De Agnelo Gurgel

E a fábrica de sapatos

De seu Chico de Joel.

               VIII

Cumprindo o seu papel

Com um valor de primeira

O senhor Tibúrcio Guerra

Com sua descopadeira

Descascava o arroz

Para a cidade inteira.

               IX

Toda indústria inteira

Hoje é parte do passado

Do querido Beco Velho

Pelos antigos lembrado

Mesmo assim o continua

Beco Velho tão amado.

               X

Com tudo modificado

Hoje só tem residência

Cada morador de lá

Tem a sua permanência

Reina paz e calmaria

Mas já foi uma potência.

                XI

Foi tanta da evidência

Pra ele se transformar

Onde antes foi indústria

Hoje casas pra morar

Essa rua continua

E nunca vai acabar.

            XII

Quero aqui finalizar

Com um pouco de saudade

Brinquei na minha infância

Nele com agilidade

Um abraço a essa rua

Beco Velho da Cidade.

            Mossoró-RN, 06.08.2020.

                     Ilton Gurgel, poeta.