quinta-feira, 6 de agosto de 2020

BECO VELHO DA CIDADE

                I

Nossa velha Caraúbas

Tão amada e querida

Cidade que no passado

Vivemos a nossa vida

Ela na nossa memória

Nunca será esquecida.

               II

A ela atribuída

Toda a dedicação

Do celeiro cultural

A nossa educação

Destacamos na cidade

Com grande evolução.

                III

Peço aqui a permissão

A Deus o nosso Senhor

Pra falar de uma rua

Da qual sentimos amor

O famoso Beco Velho

Com seu imenso valor.

                IV

Ele com o seu penhor

Muito tradicional

No início ele foi

Avenida principal

E além disso já foi

Um polo industrial.

              V

Teve o mercado central

Girando economia

O seu Antônio Manu

Com sua serralheria

Onde fabricava móveis

De alta categoria.

            VI

Teve a saboaria

Que fabricava sabão

De tio Raimundo Rosendo

Era grande a produção

E tinha artesanal

Uma fábrica de colchão.

              VII

Aqui na ocasião

Seguindo no meu cordel

A oficina de móveis

De Agnelo Gurgel

E a fábrica de sapatos

De seu Chico de Joel.

               VIII

Cumprindo o seu papel

Com um valor de primeira

O senhor Tibúrcio Guerra

Com sua descopadeira

Descascava o arroz

Para a cidade inteira.

               IX

Toda indústria inteira

Hoje é parte do passado

Do querido Beco Velho

Pelos antigos lembrado

Mesmo assim o continua

Beco Velho tão amado.

               X

Com tudo modificado

Hoje só tem residência

Cada morador de lá

Tem a sua permanência

Reina paz e calmaria

Mas já foi uma potência.

                XI

Foi tanta da evidência

Pra ele se transformar

Onde antes foi indústria

Hoje casas pra morar

Essa rua continua

E nunca vai acabar.

            XII

Quero aqui finalizar

Com um pouco de saudade

Brinquei na minha infância

Nele com agilidade

Um abraço a essa rua

Beco Velho da Cidade.

            Mossoró-RN, 06.08.2020.

                     Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

 


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