BECO VELHO
DA CIDADE
I
Nossa velha Caraúbas
Tão amada e querida
Cidade que no passado
Vivemos a nossa vida
Ela na nossa memória
Nunca será esquecida.
II
A ela atribuída
Toda a dedicação
Do celeiro cultural
A nossa educação
Destacamos na cidade
Com grande evolução.
III
Peço aqui a permissão
A Deus o nosso Senhor
Pra falar de uma rua
Da qual sentimos amor
O famoso Beco Velho
Com seu imenso valor.
IV
Ele com o seu penhor
Muito tradicional
No início ele foi
Avenida principal
E além disso já foi
Um polo industrial.
V
Teve o mercado central
Girando economia
O seu Antônio Manu
Com sua serralheria
Onde fabricava móveis
De alta categoria.
VI
Teve a saboaria
Que fabricava sabão
De tio Raimundo Rosendo
Era grande a produção
E tinha artesanal
Uma fábrica de colchão.
VII
Aqui na ocasião
Seguindo no meu cordel
A oficina de móveis
De Agnelo Gurgel
E a fábrica de sapatos
De seu Chico de Joel.
VIII
Cumprindo o seu papel
Com um valor de primeira
O senhor Tibúrcio Guerra
Com sua descopadeira
Descascava o arroz
Para a cidade inteira.
IX
Toda indústria inteira
Hoje é parte do passado
Do querido Beco Velho
Pelos antigos lembrado
Mesmo assim o continua
Beco Velho tão amado.
X
Com tudo modificado
Hoje só tem residência
Cada morador de lá
Tem a sua permanência
Reina paz e calmaria
Mas já foi uma potência.
XI
Foi tanta da evidência
Pra ele se transformar
Onde antes foi indústria
Hoje casas pra morar
Essa rua continua
E nunca vai acabar.
XII
Quero aqui finalizar
Com um pouco de saudade
Brinquei na minha infância
Nele com agilidade
Um abraço a essa rua
Beco Velho da Cidade.
Mossoró-RN, 06.08.2020.
Ilton Gurgel, poeta.
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