COMPARANDO O
SERTÃO, PASSADO COM O PRESENTE.
I
Guardo na minha cabeça
E mostro neste repente
Com esta minha lembrança
Do Sertão sou influente
Comparando o Sertão
Passado com o presente.
II
No Sertão antigamente
Era a dificuldade
Uma época difícil
Não tinha facilidade
Hoje no Sertão chegou
Foi a eletricidade.
III
Uma melhor qualidade
Pra região nordestina
Agora com energia
Não precisa lamparina
É uma transformação
Que nunca ela termina.
IV
Casas em quase ruína
Era de taipa chamada
Forquilha de aroeira
E com vara amarrada
Tinha do barro molhado
A parede rebocada.
V
Essa casa transformada
Hoje substituída
Por boas alvenarias
A casa é construída
No projeto do Governo
Minha casa minha vida.
VI
Apesar de ser sentida
Falta d’água no Sertão
Antes água de cacimba
Ou então de cacimbão
Hoje existe cisterna
Pra o povo do Sertão.
VII
Antes a irrigação
No Sertão não existia
Só pra quem tinha dinheiro
Que fosse da burguesia
Hoje o alcance do pobre
Ele se beneficia.
VIII
No passado a gente via
O uso da brilhantina
O cabelo ensebado
Brilhava que nem resina
O perfume da Avon
Usado pela menina.
IX
Mudada essa rotina
Alguns saíram de linha
Outros ainda existem
E ainda encaminha
Produtos bem mais modernos
Que a todos nos convinha.
X
O Sertão hoje caminha
Para a integração
Ouvir o jogo no rádio
Mudou pra televisão
Telefone celular
No lugar do orelhão.
XI
Brincadeira de peão
Que antes a criançada
Jogava e divertia
Na rua ou na calçada
Hoje é jogo eletrônico
Com jogada disputada.
XII
E hoje já instalada
Torre de todo alcance
Pra melhorar nossa vida
Num progresso que avance
E com a transformação
A gente nunca se canse.
Mossoró-RN,
21.07.2016.
Ilton
Gurgel, poeta.
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