sexta-feira, 22 de julho de 2016


COMPARANDO O SERTÃO, PASSADO COM O PRESENTE.

                  I

Guardo na minha cabeça

E mostro neste repente

Com esta minha lembrança

Do Sertão sou influente

Comparando o Sertão

Passado com o presente.

                II

No Sertão antigamente

Era a dificuldade

Uma época difícil

Não tinha facilidade

Hoje no Sertão chegou

Foi a eletricidade.

              III

Uma melhor qualidade

Pra região nordestina

Agora com energia

Não precisa lamparina

É uma transformação

Que nunca ela termina.

                IV

Casas em quase ruína

Era de taipa chamada

Forquilha de aroeira

E com vara amarrada

Tinha do barro molhado

A parede rebocada.

                V

Essa casa transformada

Hoje substituída

Por boas alvenarias

A casa é construída

No projeto do Governo

Minha casa minha vida.

                VI

Apesar de ser sentida

Falta d’água no Sertão

Antes água de cacimba

Ou então de cacimbão

Hoje existe cisterna

Pra o povo do Sertão.

                VII

Antes a irrigação

No Sertão não existia

Só pra quem tinha dinheiro

Que fosse da burguesia

Hoje o alcance do pobre

Ele se beneficia.

               VIII

No passado a gente via

O uso da brilhantina

O cabelo ensebado

Brilhava que nem resina

O perfume da Avon

Usado pela menina.

              IX

Mudada essa rotina

Alguns saíram de linha

Outros ainda existem

E ainda encaminha

Produtos bem mais modernos

Que a todos nos convinha.

                  X

O Sertão hoje caminha

Para a integração

Ouvir o jogo no rádio

Mudou pra televisão

Telefone celular

No lugar do orelhão.

              XI

Brincadeira de peão

Que antes a criançada

Jogava e divertia

Na rua ou na calçada

Hoje é jogo eletrônico

Com jogada disputada.

                XII

E hoje já instalada

Torre de todo alcance

Pra melhorar nossa vida

Num progresso que avance

E com a transformação

A gente nunca se canse.

          Mossoró-RN, 21.07.2016.

                Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

 

 

 

 

 

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