O RETRATO DO
SERTÃO NA ZONA RURAL
I
Nosso Sertão potiguar
Lugar onde eu nasci
Igual todo sertanejo
Foi onde também cresci
Amar sempre o Sertão
De pequeno aprendi.
II
Sertão onde eu vivi
De forma original
Onde uma vida pura
Totalmente natural
Que aqui vou destacar
A nossa zona rural.
III
Um lugar especial
Sua terra é castigada
Devido à estiagem
A mata toda queimada
Onde a dificuldade
Lá na roça é marcada.
IV
Mas sentar numa latada
Duma casa no Sertão
Forquilha de aroeira
Barro batido no chão
E a palha do coqueiro
Para dar sustentação.
V
Na latada que então
Sentamos pra conversar
Sentir a brisa da noite
A lua admirar
Os assuntos variados
Pra gente dialogar.
VI
E nas noites sem luar
O claro da lamparina
Café com batata doce
Sem uso de margarina
Macaxeira cozinhada
Alimento que fascina.
VII
Na região nordestina
Eu disse só a entrada
Para a janta que mais tarde
Servida e preparada
Com cuscuz feito no pano
Carne de bode e coalhada.
VIII
No almoço é carne assada
Arroz de leite e pirão
Arroz plantado na terra
E pilado no pilão
O nosso feijão de corda
É a grande atração.
IX
Essa é uma refeição
Que na roça é servida
Mas tem outras iguarias
Também muito conhecida
Tem o mugunzá com nata
Que é muito preferida.
X
Variada é a comida
Além do divertimento
Forró e a cantoria
Um importante evento
Ouvir o rádio a noite
Desperta o sentimento.
XI
Botar água num jumento
Que o nosso Sertão tem
Sentir cheiro do curral
O Sertão e mais ninguém
Cozer no fogão a lenha
Dá sabor e nos faz bem.
XII
Venha conhecer também
Que ainda não conhece
A vida do meu Sertão
Lugar que nos engrandece
Ouvir o galo cantar
Logo quando amanhece.
Mossoró-RN, 06.12.2017.
Ilton Gurgel, poeta.
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