NA CIDADE É
DIFERENTE, DO SERTÃO QUE FUI CRIADO
I
Nasci no
interior
Sertanejo de
raiz
Isso me
deixa feliz
Meu coração
bate amor
Ao Sertão eu
dou valor
Travessei
rio a nado
Milho verde
no roçado
Diferença a
gente sente
Na cidade é
diferente
Do Sertão
que fui criado.
II
Na cidade é
correria
No Sertão
tranquilidade
Cidade vemos
maldade
Sertão é só
calmaria
Não precisa
de vigia
Cidadão sendo
assaltado
Produto caro
comprado
No Sertão
tem simplesmente
Na cidade é
diferente
Do Sertão
que fui criado.
III
Sertão não
tem sofrimento
E não tem
poluição
Na cidade é
confusão
Todo dia um
tormento
Não tem
burro nem jumento
Para se
andar montado
Taxi com
preço cobrado
Ou vai a pé
simplesmente
Na cidade é
diferente
Do Sertão
que fui criado.
IV
temos credibilidade
No Sertão
onde tem venda
Que na
cidade aprenda
A confiabilidade
Melhor do
que na cidade
No Sertão
compra fiado
No caderno
anotado
O freguês é preferente
Na cidade é
diferente
Do Sertão
que fui criado.
V
O galo de
madrugada
Quando canta
anuncia
Que já vem o
novo dia
Quando a
barra é quebrada
Cedo comer a
coalhada
Antes de
cuidar do gado
Em um cavalo
selado
O vaqueiro
vai na frente
Na cidade é
diferente
Do Sertão
que fui criado.
VI
Tudo de hora
marcada
Pra entra e
pra sair
Para o dever
cumprir
Tudo de hora
marcada
Subir e
descer escada
Termina muito
cansado
Ônibus super.
Lotado
Tudo é muito
dependente
Na cidade é
diferente
Do Sertão
que fui criado.
Mossoró-09.04.2022
Ilton Gurgel, poeta.
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