sábado, 9 de abril de 2022

 

NA CIDADE É DIFERENTE, DO SERTÃO QUE FUI CRIADO

               I

Nasci no interior

Sertanejo de raiz

Isso me deixa feliz

Meu coração bate amor

Ao Sertão eu dou valor

Travessei rio a nado

Milho verde no roçado

Diferença a gente sente

Na cidade é diferente

Do Sertão que fui criado.

                 II

Na cidade é correria

No Sertão tranquilidade

Cidade vemos maldade

Sertão é só calmaria

Não precisa de vigia

Cidadão sendo assaltado

Produto caro comprado

No Sertão tem simplesmente

Na cidade é diferente

Do Sertão que fui criado.

                  III

Sertão não tem sofrimento

E não tem poluição

Na cidade é confusão

Todo dia um tormento

Não tem burro nem jumento

Para se andar montado

Taxi com preço cobrado

Ou vai a pé simplesmente

Na cidade é diferente

Do Sertão que fui criado.

               IV
temos credibilidade

No Sertão onde tem venda

Que na cidade aprenda

A confiabilidade

Melhor do que na cidade

No Sertão compra fiado

No caderno anotado

O freguês é preferente

Na cidade é diferente

Do Sertão que fui criado.

                 V

O galo de madrugada

Quando canta anuncia

Que já vem o novo dia

Quando a barra é quebrada

Cedo comer a coalhada

Antes de cuidar do gado

Em um cavalo selado

O vaqueiro vai na frente

Na cidade é diferente

Do Sertão que fui criado.

               VI

Tudo de hora marcada

Pra entra e pra sair

Para o dever cumprir

Tudo de hora marcada

Subir e descer escada

Termina muito cansado

Ônibus super. Lotado

Tudo é muito dependente

Na cidade é diferente

Do Sertão que fui criado.

              Mossoró-09.04.2022

                      Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

 

 

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