terça-feira, 18 de julho de 2017


É UM PRESENTE DE DEUS, O INVERNO NO SERTÃO.

                     I

Deus é bom e tem poder

No que faz é soberano

Na mais pura perfeição

Nunca cometeu engano

Fez a terra e seus lugares

Conforme era seu plano.

                   II

Deus é forte e soberano

Nele a gente acredita

Vou citar nosso Sertão

Onde tem gente aflita

Quando Deus manda a chuva

Tudo então se modifica.

                  III

O próprio Deus me permita

Eu fale neste momento

O Sertão pra tanta gente

É lugar de sofrimento

Pra Deus nosso criador

Não cai no esquecimento.

                  IV

O Sertão que tem talento

Por Deus é abençoado

Sua seca é real

Seu trabalho é pesado

E o pão de cada dia

É dum serviço suado.

                  V

Sertanejo animado

Que tanto em Deus confia

Em Março a esperança

Aumenta a cada dia

Onde chega o inverno

Que tanto beneficia.

               VI

É a maior alegria

O tempo da invernada

No curral gado leiteiro

E tem vaca amojada

Vaqueiro tirando leite

Pra o queijo e a coalhada.

                 VII

Com a chuva derramada

Transforma a natureza

A babugem nasce logo

Trazendo tanta beleza

Os rios que eram secos

Seguem com a correnteza.

                 VIII

Chuva é uma riqueza

A gente vê no chiqueiro

O rebanho de caprinos

Gordo e também leiteiro

O galo canta alegre

Do alto do seu poleiro.

                 IX

Passando pelo terreiro

O rebanho pra pastar

Deixa cheiro natural

Muito pesado no ar

Água limpa e cristalina

Pra beber e se banhar.

               X

E a noite no jantar

A comida natural

Produtos do milho verde

Que não tem sabor igual

A pamonha e a canjica

Alguns chamam de curau.

               XI

Feijão verde especial

Com creme é temperado

Um pouco de cheiro verde

Que no canteiro plantado

Queijo de coalho e manteiga

Comer frito ou assado.

               XII

Nada a ser comparado

Aqui nesta região

Deus não deixa faltar nada

Traz a chuva e o trovão

É um presente de Deus

O inverno no Sertão.

         Mossoró-RN, 18.07.2017.

                Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

Nenhum comentário: