sexta-feira, 30 de junho de 2023

 

O VOTO DE ANA

             I

Em primeiro Samuel

Nós podemos encontrar

Uma perfeita passagem

Para ler e meditar

De que somente em Deus

Teremos que confiar.

             II

A passagem vem mostrar

Em Primeiro Samuel

Está no capítulo um

De quem a Deus foi fiel

Dos versos nove ao vinte

Escrevo esse cordel.

            III

Em Primeiro Samuel

No antigo testamento

Narra história da mulher

Vivendo em sofrimento

Pois não podia ter filhos

Seguindo grande tormento.

                IV

A mulher com argumento

Em Deus ela confiava

E nas suas orações

Ela sempre implorava

Pedindo a Deus um filho

Pois estéril ela estava.

                V

Ela tanto a Deus amava

Seu marido era Eclana

Que tinha duas mulheres

Essa figura humana

Uma chamada Penina

A outra chamada Ana.

              VI

A mulher chamada Ana

Quando em sua oração

Ela fez um voto a Deus

Do fundo do coração

Pretendia ter um filho

Vivia em aflição.

            VII

Era um filho varão

Que assim ela queria

No Templo ela orava

Um voto a Deus fazia

Que navalha na cabeça

Ela nunca passaria.

           VIII

E Ana naquele dia

Na oração demorou

Quando Eli o Sacerdote

No Templo observou

Os seus lábios não falavam

Mas o coração falou.

             IX

O Sacerdote pensou

Que estava embriagada

Sua boca se abria

Ele nada escutava

Disse para não beber

Assim foi determinada.

                X

Ser mulher atribulada

Ana a ele respondeu

E de que a vida dela

Sempre a Deus pertenceu

Nunca conduzi bebida

E também nunca bebeu.

               XI

Deus a Ana atendeu

O pedido que fazia

Ela teve Samuel

Para sua alegria

Ela que perante Deus

Seu filho consagraria.

              XII

Concluo essa poesia

Dessa história bacana

Leia a Bíblia e entenda

Que Deus nunca se engana

A vitória consagrada

Do voto feito por Ana.

            Mossoró-RN, 30.06.2023

                   Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

 

 

 

NÃO COMPRO FELICIDADE, POR NÃO SER MERCADORIA

                I

Virou um comercial

Compra e venda de amor

Até troca de favor

Virou um caso banal

Um comércio ilegal

Que não vejo serventia

Prática ou teoria

Vira uma fragilidade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

              II

Temos que valorizar

O que vem do coração

Engano na opção

Achar que pode comprar

Sentimento resguardar

Que esse beneficia

Hoje ninguém mais confia

Em tanta fragilidade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

             III

A felicidade vem

Quando existe o respeito

Ser feliz é um direito

Que toda pessoa tem

Sem gastar nenhum vintém

 

E nenhuma mordomia

Nem usar a euforia

Mesmo tendo vaidade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

               IV

Muito lindo é o amor

O mais puro sentimento

Conquistar é o momento

Que é tão encantador

Considero um esplendor

Tanto a gente confia

A mais lura nostalgia

Com toda fidelidade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

                V

Quem só pensa em enganar

Esbanjar todo dinheiro

Seguindo nesse roteiro

Querendo tudo comprar

Sem saber valorizar

O amor que não esfria

Achar ser segunda via

Duma durabilidade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

                 VI

E assim tem tanta vida

Que vemos desperdiçar

Sem ter como consertar

A luta quase perdida

Sendo assim atribuída

Quem sempre é maioria

Eu fico na minoria

Dum respeito e igualdade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

           Mossoró-RN, 29.06.2023

                Ilton Gurgel, poeta.

 

           

 

 

 

 

quinta-feira, 22 de junho de 2023

 

 

              

AS DEZ PRAGAS DO EGITO

                    I

Está no livro do êxodo

No Antigo Testamento

Desde o capítulo sete,

Contando um sofrimento

Até o capítulo onze

Narra sem constrangimento.

                  II

Deus em um certo momento

Pretendia libertar

O seu povo do Egito

Que pesado a trabalhar

Um povo escravizado

Viviam de apanhar.

               III

E Deus para libertar

O povo da escravidão

Ele falou a Moisés

E também para Arão

Falarem ao faraó

Toda recomendação.

               IV

Lançou até um bordão

Que transformou em serpente

Diante do faraó

Logo chamou sua gente

Fazerem a mesma coisa

Achando ser competente.

                  V

Mas o Pai Onipotente

Fez a história mudar

A serpente de Arão

Veio logo devorar

Todas aquelas serpentes

Sem nenhuma escapar.

                VI

Moisés foi anunciar

Com o seu dever cumprido

Já que o faraó tinha

Coração endurecido

Não escutou a Moisés

Nem tão pouco deu ouvido.

                 VII

Começando em seguido

As pragas anunciadas

A PRIMEIRA foi as águas

Do rio tão prateadas

Transformaram-se em sangue

Nessas pragas programadas.

              VIII

A outras são relatadas

A SEGUNDA foi das rãs

A TERCEIRA a dos piolhos

Faraó com suas fãs

A QUARTA foi a das moscas

Logo naquelas manhãs.

              IX

Não somente a das rãs

A QUINTA anunciada

A peste dos animais

Uma praga bem pesada

A SEXTA foi a das úlceras

No Egito alastrada.

               X

SÉTIMA foi programada

Chuva de pedra cair

A OITAVA os gafanhotos

Para tudo destruir

O faraó sem saber

Também sem poder agir.

               XI

NONA praga a surgir

Completa escuridão

Houve trevas por três dias

Em toda a região

Pior a DÉCIMA praga

Foi sem dó nem compaixão.

                 XII

A meia noite então

Ela pôde acontecer

A morte dos primogênitos

Para o faraó saber

Que Deus está no controle

E só ele tem poder.

               Mossoró-RN, 22.06.2023

                   Ilton Gurgel, poeta.