sexta-feira, 30 de junho de 2023

 

NÃO COMPRO FELICIDADE, POR NÃO SER MERCADORIA

                I

Virou um comercial

Compra e venda de amor

Até troca de favor

Virou um caso banal

Um comércio ilegal

Que não vejo serventia

Prática ou teoria

Vira uma fragilidade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

              II

Temos que valorizar

O que vem do coração

Engano na opção

Achar que pode comprar

Sentimento resguardar

Que esse beneficia

Hoje ninguém mais confia

Em tanta fragilidade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

             III

A felicidade vem

Quando existe o respeito

Ser feliz é um direito

Que toda pessoa tem

Sem gastar nenhum vintém

 

E nenhuma mordomia

Nem usar a euforia

Mesmo tendo vaidade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

               IV

Muito lindo é o amor

O mais puro sentimento

Conquistar é o momento

Que é tão encantador

Considero um esplendor

Tanto a gente confia

A mais lura nostalgia

Com toda fidelidade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

                V

Quem só pensa em enganar

Esbanjar todo dinheiro

Seguindo nesse roteiro

Querendo tudo comprar

Sem saber valorizar

O amor que não esfria

Achar ser segunda via

Duma durabilidade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

                 VI

E assim tem tanta vida

Que vemos desperdiçar

Sem ter como consertar

A luta quase perdida

Sendo assim atribuída

Quem sempre é maioria

Eu fico na minoria

Dum respeito e igualdade

Não compro felicidade

Por não ser mercadoria.

           Mossoró-RN, 29.06.2023

                Ilton Gurgel, poeta.

 

           

 

 

 

 

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