sábado, 5 de junho de 2010

A IDADE É TRAIÇOEIRA, QUE NÃO PERDOA NINGUÉM.

I
A idade só avança
Ela não para na vida
Quando chega é sentida
Com ela o homem cansa
A pessoa de criança
O seu destino já vem
Pra velhice até tem
Realidade primeira
A idade é traiçoeira
Que não perdoa ninguém.
II
Velhice é a certeza
Da vida última fase
Ela vem e não atrase
O sintoma é a fraqueza
Tem a perca da beleza
E a doença também
A idade não convém
Na vida é derradeira
Ia idade é traiçoeira
Que não perdoa ninguém.
III
Recordado o passado
Daquilo que já viveu
Tudo que aconteceu
Sendo apenas relembrado
No que só é encontrado
A idade é um, porém...
Poucos que chegam a cem
Nem supera a barreira
A idade é traiçoeira
Que não perdoa ninguém.
IV
Quem morre na juventude
E não chega na velhice
Que a idade atice
Pra preservar a saúde
O avanço que ajude
E que vá muito além
Ao contrário de um trem
O velho não tem carreira
A idade é traiçoeira
Que não perdoa ninguém.
V
Aparece o sintoma
O cabelo embranquece
Tanta dor que aparece
Todo corpo ela soma
Alimentação que coma
O nutriente contém
Para poder viver bem
Na situação maneira
A idade é traiçoeira
Que não perdoa ninguém.
VI
A pessoa envelhece
E vem logo a conseqüência
Toda perca de potência
Com certeza acontece
A pessoa amadurece
Pouca coisa lhe convém
O corpo já não contém
Que teve na vida inteira
A díade é traiçoeira
Que não perdoa ninguém.

Brasília-DF, 01.06.2010.
Ilton Gurgel, poeta.

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