segunda-feira, 11 de outubro de 2010

NUNCA VAI MUDAR A POLITICAGEM, SEMPRE VAI TER A MESMA SAFADEZA.

I
O povo apanha e não aprende
Nem sabe até hoje pra votar
Elege quem só sabe humilhar
Isso que o eleitor não entende
Pouco é aquele que compreende
Expondo o seu ponto de fraqueza
Corrigir e para ter esperteza
Melhorar do quadro uma imagem
Nunca vai mudar a politicagem
Sempre vai ter a mesma safadeza.
II
Comprando voto com qualquer besteira
Praticar um crime eleitoral
Achando de que isso é banal
Fazendo da política brincadeira
Como crer na política brasileira
Se não tem explicação com clareza
Dinheiro jogado na correnteza
Que já tem o destino da viagem
Nunca vai mudar a politicagem
Sempre vai ter a mesma safadeza.
III
Manobra pra livrar de cassação
Isto é um costume rotineiro
É feito por todo politiqueiro
Um mestre em fazer corrupção
Pra ele fazer comemoração
Sabendo que cresce sua riqueza
Vivendo em uma alta nobreza
Explorar esse tem toda coragem
Nunca vai mudar a politicagem
Sempre vai ter a mesma safadeza.
IV
Aquele que vive de falsidade
Só sabe o eleitor explorar
Sabendo dos votos que vai tirar
Pra ganhar e fazer sua maldade
Vivendo em uma desigualdade
E não tem pelo eleitor firmeza
Na vida quer ter a sua grandeza
Nunca vai passar por uma triagem
Nunca vai mudar a politicagem
Sempre vai terá a mesma safadeza.

V
Para ter uma vida social
E vier em conforto e mordomia
Em mansão fazer sua moradia
E depois ser manchete de jornal
Tendo assim uma vida desigual
Com o que tem a vida na pobreza
Enganar é a única certeza
Que esse conduz na sua bagagem
Nunca vai mudar a politicagem
Sempre vai ter a mesma safadeza.
VI
Quem perde assim é o eleitor
Por não ter a vida com qualidade
Por não ter no voto seriedade
Sem saber que o voto tem valor
Na hora de votar esquecer cor
Esquecer esmola que tem na mesa
É votar para ter uma certeza
De que não está fazendo bobagem
Nunca vai mudar a politicagem
Sempre vai ter a mesma safadeza.

Brasília-DF, 11.10.2010.
Ilton Gurgel, poeta.

Um comentário:

joesio disse...

Que "nunca vai mudar a politicagem"
E "sempre vai ter a mesma safadeza",
Isso já é fato mais que consumado,
Disso todos nós já temos certeza,
Pois o nobre eleitor brasileiro
Não se cansa de ser o hospedeiro
Dos parasitas que o sugam com frieza.

De espírito eles têm muita pobreza,
Mas a astúcia política é abundante.
Eles são ricos em desonestidade
E são de um maucaratismo irritante.
Por isso, caríssimo amigo Gurgel,
Se realmente existe o Céu,
De lá os políticos estão distantes.