quarta-feira, 24 de novembro de 2010

COTIDIANO DO TRABALHADOR

I
Vida do trabalhador
Sempre foi uma dureza
O coitado nunca para
Igual água em correnteza
É levado pra servir
Vivendo uma proeza.
II
Ele nunca tem moleza
Parece já destinado
Trabalha pra produzir
E ser muito explorado
Pois não é reconhecido
E nem é recompensado.
III
Não pode ficar cansado
Nem tão pouco adoecer
Tem que ser um pontual
Para pronto atender
Toda a necessidade
Que ele possa fazer.
IV
Trabalhando pra valer
Com a preocupação
De ficar desempregado
Se não fizer produção
E ter que ficar calado
Quando tiver decisão.
V
É muita exploração
Com todo trabalhador
Trabalha de sol a sol
Com um terrível calor
E em termos de salário
Não é recompensador.
VI
Sem ninguém lhe dá valor
O trabalho ele enfrenta
Em uma luta difícil
Só ele que agüenta
Com essa dureza que
A família alimenta.

VII
Sua vida atormenta
Por que é muito cobrado
Faz até o impossível
Em um trabalho pesado
Sem nenhuma condição
Ainda é humilhado.
VIII
Ele é tão explorado
E trabalha todo dia
Difícil situação
E na mesma agonia
Um apoio necessário
Que ele precisaria.
IX
E não se beneficia
Pelo trabalho que faz
O que faz em produção
Ao dono satisfaz
Somente o empresário
Enriquecimento traz.
X
Só ele que é capaz
De fazer a produção
Através do seu trabalho
Da sua dedicação
Do compromisso fiel
Com sua plena ação.
XI
Considero um campeão
Todo aquele operário
Que no seu cotidiano
Não falha no seu horário
Que trabalha e dá duro
Com seu baixo salário.
XII
Assim no documentário
Em forma de poesia
Sobre o trabalhador
Eu comentei nesse dia
Sua vida e seu viver
Na labuta que sofria.
Brasília-DF, 21.11.2010.
Ilton Gurgel, poeta.

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