segunda-feira, 29 de novembro de 2010

QUEM VIVE DO EMPREGO INFORMAL, NÃO SABE COMO VAI APOSENTAR.

I
Na vida precisamos de trabalho
Pois é a base para se viver
O ganho faz a gente depender
Trabalhar sempre num serviço falho
Quando então aparece quebra-galho
Serviço sem carteira assinar
O próprio trabalho sem registrar
Ele é um serviço integral
Quem vive do emprego informal
Não sabe como vai aposentar.
II
Sem pagar um centavo a previdência
Ficando na vida desprotegido
Por muitos é um serviço seguido
Sem ninguém pra tomar a providência
Futuro causa uma conseqüência
Sem ele saber como vai ficar
Por não ter como se assegurar
Aposentadoria integral
Quem vive do emprego informal
Não sabe como vai aposentar.
III
A luta do viver no dia a dia
Que segue todo o desempregado
Correndo quase que desesperado
Porta de emprego não se abria
Pra uma solução esse partia
Por não ter um emprego a encontrar
Promessas mandando o aguardar
Vivendo um quadro muito real
Quem vive do emprego informal
Não sabe como vai aposentar.
IV
Trabalho na vida é importante
Ele faz a sua alternativa
Exerce uma função atrativa
Pirata ou então um ambulante
Perigo ronda em todo instante
Opção que tem pra executar
Com tudo difícil pra encarar
Trabalha igualmente um animal
Quem vide do emprego informal
N]ao sabe como vai aposentar.

V
Vivemos em uma sociedade
Que requer muito do trabalhador
Trabalha às vezes de um favor
Pra sair da sua necessidade
Faltando uma oportunidade
Condições para o mesmo trabalhar
Esse que já cansou de procurar
Para ter o seu trabalho normal
Quem vive do emprego informal
Não sabe como vai aposentar.
VI
Hoje pra definir a profissão
De cedo a pessoa se prepara
Todo o problema esse encara
Pronto já com a sua formação
Começa uma peregrinarão
Nunca tem um tempo para findar
Difícil esta luta entregar
Ocorre com o profissional
Quem vive do emprego informal
Não sabe como vai aposentar.

Brasília-DF, 27.11.2010.
Ilton Gurgel, poeta.

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