quinta-feira, 18 de agosto de 2011

CONSIDERO EPIDEMIA, A POLÍTICA PRASILEIRA.

I
Tem doenças incuráveis
Uma nunca vai ter cura
Ela que ninguém segura
Por ter quadros inflamáveis
Manobras intermináveis
Resultam em bagaceira
Seguir a mesma bandeira
Com a mesma euforia
Considero epidemia
A política brasileira.
II
Tem político desastrado
Mau administrador
Que visa o eleitor
Pra ter voto e ser honrado
Se a caso for cassado
Acha que lei é besteira
Planeja toda maneira
Para ter autonomia
Considero epidemia
A política brasileira.
III
Para ganhar eleição
Tanto acordo é feito
O povo fica sujeito
Manobra em exceção
Procuram a união
Numa fórmula certeira
Visar à mesma cadeira
Faz ato de covardia
Considero epidemia
A política brasileira.
IV
Quem era adversário
Hoje é fiel amigo
Aí mora o perigo
Ser correligionário
Faz o povo de otário
E deixa uma barreira
Pra impedir de primeira
Qualquer uma auditoria
Considero epidemia
A política brasileira.
V
O político indecente
Com a manobra errada
Que deixa prejudicada
A pessoa inocente
Precisa ser consciente
Pra não virar aroeira
E levar uma rasteira
O eleitor não devia
Considero epidemia
A política brasileira.
VI
Político só quer poder
Pois custe o que custar
Nunca vai se arriscar
Lutar para não vencer
O povo sem merecer
Assiste a baboseira
Uma doença rueira
Ao político contagia
Considero epidemia
A política brasileira.
Brasília-DF, 18.08.2011.
Ilton Gurgel, poeta.

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