terça-feira, 30 de agosto de 2011

QUEM HUMILHA SE ESQUECE, QUE PODE SER HUMILHADO

I
A gente passa na vida
Por tanta dificuldade
Pouca a capacidade
Tanta gente perseguida
Muitas vezes agredida
Com o moral abalado
E também caluniado
Por quem faz e acontece
Quem humilha se esquece
Que pode ser humilhado.
II
É tão tuim humilhação
Com certeza ninguém gosta
Humilhar é a proposta
De quem não tem coração
Parece a profissão
Que o deixa tão honrado
Acha que é engraçado
Do outro não se padece
Quem humilha se esquece
Que pode ser humilhado.
III
Gente que só trata mal
Semelhante ser humano
Que passa pelo seu plano
Em ser grande radical
Tratando como animal
Todo o subordinado
Nunca sendo respeitado
Direito que oferece
Quem humilha se esquece
Que pode ser humilhado.
VI
É normal a arrogância
Com o modo de falar
Somente pra humilhar
Com sua ignorância
Ter poder e ter ganância
Mandar e não ser mandado
Parece acostumado
Do que faz o envaidece
Que humilha se esquece
Que pode ser humilhado.
V
Quem humilha nunca lembra
Que o mundo é giratório
Vivemos em compulsório
Onde a vida se desmembra
A humilhação deslembra
Com um jeito integrado
Aquele que afobado
Acha que se engrandece
Quem humilha se esquece
Que pode ser humilhado.
VI
Quem tem um rei a barriga
Nunca perde a majestade
Fora da realidade
Humilha e faz intriga
Igualmente uma urtiga
Ao tocar fica queimado
Sendo desse abordado
Toda meta enfraquece
Quem humilha se esquece
Que pode ser humilhado.
Brasília-DF, 30.08.2011.
Ilton Gurgel, poeta.

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