segunda-feira, 19 de setembro de 2016


TODO CANDIDATO FRACO, VEM PEDIR VOTO A MIM.

                  I

Quando tem a eleição

No pleito eleitoral

Onde nosso tribunal

Faz a fiscalização

Pra não ter corrupção

Pois campanha é assim

Tem candidato ruim

Que não quer sofrer um baco

Todo candidato fraco

Vem pedir voto a mim.

                 II

Aquele sem competência

Da política analfabeto

Finge que está aberto

Para tomar providência

De problema e evidência

Pior que fedor de gim

É um pau que tem cupim

Não dá nem para um taco

Todo candidato fraco

Vem pedir voto a mim.

                III

Prometer e não cumprir

Faz na sua abordagem

Sua queimada imagem

Que vive só de mentir

Vem o meu voto pedir

Se fingindo de mirim

Eu mando comer capim

Parar de encher o saco

Todo candidato fraco

Vem pedir voto a mim.

                 IV

Candidato sem proposta

Pede voto a eleitor

Parecendo ser ator

Dá até tapa na costa

Eu dou logo a resposta

Para não ter dor no rim

Meu fogo no estopim

Pedir voto eu ataco

Todo candidato fraco

Vem pedir voto a mim.

                 V

Candidato oferece

Dinheiro ou uma feira

Achando ser a maneira

Dum modo que ele cresce

Logo quando amanhece

Traz café, bolo e pudim

Sorvete ou um din dim

E pula que nem macaco

Todo candidato fraco

Vem pedir voto a mim.

                 VI

Pior que dor de barriga

Sarna, lepra ou chulé

Um calo que dói no pé

Ou queimada de urtiga

Ferroada de formiga

O que não presta em fim

Tipo um cachorro ruim

Deixa o peba no buraco

Todo candidato fraco

Vem pedir voto a mim.

           Mossoró-RN, 18.09.2016.

                Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

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