A VELHICE É
UM ALMOXARIFADO, ONDE O PASSADO FICA MOFANDO
I
A gente vive
a realidade
Não tem como
a pessoa escapar
Problema na
velhice encontrar
Ocorre com
toda humanidade
Quando chega
a uma certa idade
Do passado a
gente fica lembrando
Saúde que
vai logo acabando
Ficando bastante
fragilizado
A velhice é
um almoxarifado
Onde o
passado fica mofando.
II
No rosto
logo a ruga aparece
O cabelo
também muda de cor
Todo dia aparece
uma dor
A junta da
pessoa endurece
A visão que
também se enfraquece
Nesse mais
ninguém fica confiando
A mulher
logo vai lhe refugando
Sabe que não
dá conta do recado
A velhice é
um almoxarifado
Onde o
guardado fica mofando.
III
Não sei nem
qual dele é a lembrança
De jovem ou
do tempo de menino
Brincava no
seu tempo de traquino
A vida bem
cheia de esperança
Mas ai toda
idade avança
Na medida
que o tempo vai passando
Idade para
todos vai chegando
Fato que é
bem diferenciado
A velhice é
um almoxarifado
Onde o
guardado fica mofando.
IV
Mudando toda
sua aparência
Não tem mais
de jovem sua beleza
Pois assim é
a nossa natureza
Que chega
mostrando a consequência
Doença com
bastante aderência
O mesmo fica
se preocupando
Distorce tudo
que fica pensando
As vezes
ficando angustiado
A velhice é
um almoxarifado
Onde o
guardado fica mofando.
V
Sabe que não
adianta juntar
Na vida o
que foi adquirida
O mesmo
estando no fim da vida
Ao morrer
sem saber pra quem deixar
Já nem sei
se essa vai disfrutar
Daquilo que
na vida foi juntando
Cabeça não
tem o mesmo comando
Os novos
chamam de esclerosado
A velhice é
um almoxarifado
Onde o
passado fica mofando.
VI
A vida do
mesmo fica restrita
Pois antes
vivia na brincadeira
Com farra,
balada e bebedeira
Dinheiro e
muita mulher bonita
Nisso a sua
vida se cogita
Sem saber
que estava esperando
Com sua vida
de velho chegando
Resta só o
direito respeitado
A velhice é
um almoxarifado
Onde o
guardado fica mofando.
Mossoró-RN, 23.05.2021.
Ilton Gurgel, poeta,
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