QUANAO FUI
LA NA VARZINHA, RECORDEI O MEU PASSADO.
I
A nossa
recordação
Vem sempre
na nossa mente
Presenciei
simplesmente
O nosso
velho Sertão
Onde nosso
coração
Fica muito
acelerado
Lugar onde
fui criado
Por Dezinho
e Santinha
Quando fui
lá na Varzinha
Recordei o
meu passado.
II
Varzinha onde
nasci
E também lá
me criei
Até jovem eu
morei
Bons momentos
eu vivi
Visitei e eu
senti
Um passado
recordado
No parapeito
sentado
Com o
silêncio que tinha
Quando fui
lá na Varzinha
Recordei o
meu passado.
III
Das águas
que eu botava
Num jumento
com cangalha
Nada que me
atrapalha
No alpendre
eu brincava
Um rádio que
escutava
Na rural
sintonizado
Hoje ele
está calado
Não tem mais
a musiquinha
Quando fui
lá na Varzinha
Recordei o
meu passado.
IV
Muita pedra
no terreiro
O estrume no
curral
O bode com
cheiro mal
Indo para o
chiqueiro
Lembrei e vi
o cisqueiro
Com lenha
pra todo lado
Moinho velho
quebrado
Em um canto
da cozinha
Quando fui
lá na Varzinha
Recordei o
meu passado.
V
Tão bom o
queijo de coalho
E a manteiga
da terra
Cachoeira com
a serra
De cimento o
acoalho
Senti o meu
ponto falho
Quando tudo
foi lembrado
Toda criação
de gado
O poleiro
com galinha
Quando fui
lá na Varzinha
Recordei o
meu passado.
VI
Eu lembrei
da lamparina
Que de noite
clareava
Da fumaça
que soltava
E toda nossa
rotina
A Varzinha
nos ensina
Na vida ser
preparado
Vi num canto
isolado
Foi um ninho
de rolinha
Quando fui
lá na Varzinha
Recordei o
meu passado.
Mossoró-RN, 30.05.2021
Ilton Gurgel, poeta.
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