HOJE EU VOU
COMER UMA BUCHADA, E MATAR A SAUDADE DO SERTÃO
I
Eu que sou
nobre sertanejo nato
Nunca vou
esquecer minha raiz
Nosso povo é
sertanejo feliz
Supera todo
problema de fato
A felicidade
é um retrato
Dum povo que
vive em união
Muito bom
nossa alimentação
Num fogão de
lenha é preparada
Hoje eu vou
comer uma buchada
E matar a
saudade do Sertão.
II
A gente não
esquece um segundo
Do Sertão com todo o nosso povo
Motivo que
nos causa um renovo
Sei que é o
melhor do mundo
Gostando dum
alimento profundo
Que vem
acompanhado com pirão
Opção tem a
pinga com limão
Aí sim a
festa ficar formada
Hoje eu vou
comer uma buchada
E matar a
saudade do Sertão.
III
No Sertão a
buchada é uma festa
É feita com
o arrasto do bode
E também
fazer do carneiro pode
Qualquer um
o paladar se manifesta
Aquele que a
comida detesta
Não sabe do
sabor que tem então
A melhor
comida da região
E quem não
está na terra amada
Hoje eu vou
comer uma buchada
E matar a
saudade do Sertão.
IV
Produto que
tem tanto derivado
E também tem
muito acompanhante
Farofa de
cuscuz é importante
Tem arroz e
prato de escaldado
Tempero um
pouco exagerado
Não esqueço
também é o feijão
Chamam até
buchada de criação
Petisco com
ela é misturada
Hoje eu vou
comer uma buchada
E matar a
saudade do Sertão.
V
A mesa no
Sertão fica composta
Buchada
deixa muito o incentivo
Pro cheiro
tem que ter aperitivo
Somente para
a pessoa que gosta
Ao tomar
precisa está disposta
Bebida é
mais uma opção
O bom é
comer com satisfação
E deixar a
barriga saciada
Hoje eu vou
comer uma buchada
E matar a
saudade do Sertão.
VI
Muito bom a
gente matar saudade
Com essa
tradicional comida
Fortalece e
revigora a vida
Do Sertão é
especialidade
Só não é uma
exclusividade
Por que tem
quase em toda região
Mas aqui ela
é uma tradição
Do bom gosto
é mito solicitada
Hoje eu vou
comer uma buchada
E matar a
saudade do Sertão.
Mossoró-RN, 27.05.2021
Ilton Gurgel, poeta.
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