ME CRIEI NO
SERTÃO CUIDEIDE GADO, ISSO FOI BEM NA MINHA MOCIDADE
I
Eu que sou
um poeta nordestino
Pois nasci e
me criei no Sertão
Na vida eu
fiz como opção
Foi esse
escolhido o meu destino
Na roça no
meu tempo de menino
Eu vivi até
a maturidade
Andando com
a mesma liberdade
No Sertão onde
fui originado
Me criei no
Sertão cuidei de gado
Isso foi bem
na minha mocidade.
II
Bem cedo o
gado eu pastorava
Para poder
ele se alimentar
De toda
criação sempre cuidar
Criança muito
pouco eu brincava
Por todo
cercado eu caminhava
Cuidando com
a naturalidade
Comida existia
a vontade
O gado comia
sem ter gramado
Me criei no
Sertão cuidei de gado
Isso foi bem
na minha mocidade.
III
Logo quando
o dia amanhecia
Já estava eu
ali de prontidão
Ia eu seguir
a minha missão
Missão que
muito cedo eu cumpria
Aboiando
todo o gado seguia
E eu com a
responsabilidade
Cuidava com
a mesma igualdade
Aquele rebanho
acompanhado
Me criei no
Sertão cuidei de gado
Isso foi bem
na minha mocidade.
IV
Fazia muito
bem para saúde
Aquele ar
poro que respirava
Comia fruta
que eu encontrava
Isso eu já
perto da juventude
O Sertão que
é chamado de rude
Não troco
ele por qualquer cidade
Um lugar sem
prazo de validade
Lutamos e
ninguém fica cansado
Me criei no
Sertão cuidei de gado
Isso foi bem
na minha mocidade.
V
O Sertão que
o melhor existia
Conviver com
a nossa natureza
A flora
natural é a riqueza
A fauna que
a gente vivencia
Natural é a
sua terapia
Para alguns
talvez seja novidade
No Sertão é
especialidade
Todo o
rebanho sendo cuidado
Me curei no Sertão
cuidei de gado
Isso foi bem
na minha mocidade.
VI
O chocalho
era a única zoada
No pescoço
da vaca ele fazia
O resto era
tudo calmaria
Sem ter som
não havia entoada
Sendo assim
a vida era tocada
Tudo com a
maior sinceridade
E sair de lá
não tinha vontade
Ali eu
ficava realizado
Me criei no
Sertão cuidei de gado
Isso foi bem
na minha mocidade.
Mossoró-RN, 23.08.2021
Ilton Gurgel, poeta.
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