O SEU CHEIRO
NÃO SAI DO MEU OLFATO, NEM SUA BELEZA DO PENSAMENTO
I
Para quem
recorda a exalada
Sabe que fez
parte do seu passado
E tudo que
tem nela é lembrado
Fica só a
recordação passada
Pessoa fica
bem angustiada
Ao lembrar
que viveu esse momento
E jamais
fica no esquecimento
Vivendo assim
um amor ingrato
O seu cheiro
não sai do meu olfato
Nem sua
beleza do pensamento.
II
Sabemos que
toda mulher é bela
Contendo a
beleza natural
Quem ama faz
o diferencial
Ela acaba a
pessoa amarela
Tudo faz
recordar essa donzela
Fazendo aumentar
o sofrimento
Tristeza faz
parte do sortimento
Que ficou
depois que quebra um trato
O seu cheiro
não sai do meu olfato
Nem sua
beleza do pensamento.
III
As vezes uma
roupa que usava
O cheiro dum
perfume conhecido
Um batom que
não fica esquecido
O jeito como
ela caminhava
E tudo que a
gente conversava
Passeando seguindo
a passo lento
De noite
andando em um relento
No amor que
é mesmo um abstrato
O seu cheiro
não sai do meu olfato
Nem sua
beleza do pensamento.
IV
Recordo ao
ver a fotografia
No tempo do
namoro foi tirada
Na carteira
até hoje é guardada
Imagem de
alta categoria
O tempo que
assim conservaria
Eu nem sei
se causa constrangimento
Apenas o
mesmo temperamento
Quando está
guardado o seu retrato
O seu cheiro
não sai do meu olfato
Nem sua
beleza do pensamento.
V
Ela tem a
beleza interior
O que é da
sua vida aparte
Considero ela
uma obra de arte
Tem muita
beleza exterior
Alimenta
assim um grande amor
Um passado é
para ficar atento
Coração sem
o abastecimento
De uma
ilusão que é de fato
O seu cheiro
não sai do meu olfato
Nem sua
beleza do pensamento.
VI
Hoje é
diferente o caminho
Cada um
seguindo para seu lado
Deixando no
juízo acumulado
A lembrança
do beijo e do carinho
Esse amor para
findar um pouquinho
Até hoje o
mesmo temperamento
E os dois
com o jeito ciumento
Deixando a
vida em um maltrato
O seu cheiro
não sai do meu olfato
Nem sua
beleza do pensamento.
Mossoró-RN, 19.08.2021
Ilton Gurgel, poeta.
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