segunda-feira, 19 de outubro de 2009

HORÁRIO DE VERÃO

I
O horário de verão
Só faz é prejudicar
Eu não sei para que serve
A não ser atrapalhar
A vida do brasileiro
Que vive a trabalhar.
II
O Relógio adiantar
Prejudica nossa vida
Pois no nosso organismo
Se forma uma ferida
Este horário atrapalha
Não é hora preferida.
III
Pra que não fique perdida
A mídia faz propaganda
Tenta iludir o povo
Aliena e demanda
O país com o horário
Muito pouco ele anda.
IV
É grande a propaganda
Para pouca serventia
Apenas a porcentagem
Que temos na energia
Muito pouco o impacto
Para nossa economia.
V
Quando amanhece o dia
Está avançada a hora
Para quem é pontual
O horário apavora
Quem é fã deste horário
Este fato ignora.
VI
Ele que chegou agora
Quatro meses vai ficar
Somente em Fevereiro
Que ele vaia acabar
Pois eu já faço as contas
Para ver ele findar.

VII
Se a gente pesquisar
É grande a rejeição
Todo mundo sabe bem
Que não tem aceitação
Devia não existir
O horário de verão.
VIII
Não é uma atração
Ele as vezes é xingado
Deixa o trabalhador
Um pouco atrapalhado
Poucos são quem do horário
Logo fica costumado.
IX
Não quero ser enganado
Porque sou um realista
Quem implantou o horário
Quis ser grande esportista
Viu só a economia
Nesta era diarista.
X
Uma coisa de artista
Fora da realidade
Quem acha que o horário
Só traz a prosperidade
Engana a nossa gente
Da nossa sociedade.
XI
É quase uma maldade
Este horário obedecer
Sete horas da manhã
Quase a escurecer
Mais ou menos neste tempo
Quando o sol vai nascer.
XII
Nada eu posso fazer
Deixo aqui o meu protesto
Não gosto deste horário
Falo porque sou honesto
Muita gente pensa assim
Dei que disto está certo.

Brasília-DF, 18.10.2009
Ilton Gurgel, poeta.

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