segunda-feira, 19 de outubro de 2009

ÔNIBUS EM FIM DE ESMANA

I
Já não sei o que fazer
E para quem reclamar
Um problema que é sério
Que vem nos prejudicar
O transporte coletivo
Quero aqui eu comentar.
II
Para a gente viajar
Quando é fim de semana
Ou então um feriado
Todo mundo se engana
Para pegar o transporte
Uma coisa desumana.
III
Com a pessoa humana
Uma falta de respeito
Viajar de coletivo
Todos temos o direito
Resolver este problema
Nunca vi quem desse jeito.
IV
Grande falta de respeito
Fica a gente a esperar
Por cerca de suas horas
Pra poder ele passar
Quando passa é lotado
Mal dá para a gente entrar.
V
Se a gente reclamar
É um ato importante
Vem logo o motorista
Com seu jeito arrogante
Humilhando o passageiro
Vem todo ignorante.
VI
Este fato é humilhante
Sempre a gente enfrenta
Pois esta situação
Hoje ninguém agüenta
É mesmo que esperar
No olho passar pimenta.

VII
Motorista atormenta
Muito todo passageiro
O mesmo pra esperar
Fica o tempo inteiro
Esperando o transporte
Que vem lento e maneiro.
VIII
Passageiro com dinheiro
Honesto paga passagem
Devia ser respeitado
Passageiro tem coragem
Das empresas de transporte
Negrini sua imagem.
IX
É triste a encenagem
Muita gente esperando
Uns desistem da espera
Outros ficam aguardando
Não existe hora certa
Para ver ele passando.
X
Passageiro reclamando
Ainda com esperança
Sai governo, entra governro
Não existe a mudança
No sistema de transporte
Que nunca ele avança.
XI
Povo com a esperança
Eu sei que isso ocorre
Pois remar contra maré
Coisa que ninguém concorre
Como diz A Esperança
É a última que morre.
XII
Nesta cidade ocorre
Tanta realização
O progresso indiscutível
Grande administração
Mas transporte coletivo
Caminha pra regressão.

Brasília-DF, 19.10.2009
Ilton Gurgel, poeta.

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