sexta-feira, 19 de julho de 2013

QUEM É PROFISSIONAL, NÃO PRECISA BAJULAR.




I

Quem é um bajulador

Mostra ser incompetente

Pois bajula simplesmente

Por que é um amador

E por si não tem amor

E nem se valorizar

Muito menos encarar

A sua vida real

Quem é profissional

Não precisa bajular.

II

O baba ovo chamado

Não vive a sua vida

Ela está incluída

Na vida do seu chegado

Um grande alienado

Fica a atrofiar

Vivendo de adular

É o seu habitual

Quem é profissional

Não precisa bajular.

III

Nunca é reconhecido

E nem é valorizado

Serviço desperdiçado

Nem se sente ofendido

Fato não compreendido

Para se vivenciar

Podemos classificar

Como um ato banal

Quem é profissional

Não precisa bajular.

IV

É uma triste rotina

Viver de puxar o saco

Falo isso e não ataco

Quem vive na triste sina

Eu não sei se contamina

Ou vírus que vai pegar

De longe quero ficar

E jamais serei igual

Quem é profissional

Não precisa bajular.

V

Bajular por vocação

Sempre da mesma maneira

Considero uma besteira

E sem classificação

Vida sem evolução

Fica sempre a apagar

Quem assim vai trabalhar

Nunca tem um bom final

Quem é profissional

Não precisa bajular.

VI

Nunca deixa uma margem

Duma total confiança

Trabalha sem esperança

Pra sair não tem coragem

Mancha a sua imagem

Sem poder credenciar

E com medo de errar

Perde todo seu astral

Quem é profissional

Não precisa bajular.

Brasília-DF, 10.07.2013.

Ilton Gurgel, poeta.





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