sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O ANJO DO SENHOR E A JUMENTA DE BALAÃO
                I
Está no livro de números
No antigo testamento
No capítulo vinte e dois
Conta sem constrangimento
Do versículo vinte e um
Tem todo seu andamento.
                   II
Vindo naquele momento
Uma orientação
Para um servo de Deus
Por nome de Balaão
Que na noite de um anjo
Teve ele uma visão.
                 III
Pra cumprir sua missão
Balaão se levantou
Logo cedo de manhã
A jumenta alabrou
De Moabe com os príncipes
Caminho iniciou.
                 IV
De Deus ira despertou
Em um modo secundário
E um anjo do Senhor
Pôs no seu itinerário
Que parado no caminho
Era seu adversário.
                  V
Esse intermediário
A jumenta o avistou
Com a espada na mão
Do caminho desviou
E seguindo pelo campo
Balaão a espancou.
                VI
O anjo então ficou
Numa vereda da vinha
De um lado e do outro
Era um muro que tinha
E sem ter como passar
Apanhou a jumentinha.
                   VII
O anjo se encaminha
Passando mais adiante
Pôs-se num lugar estreito
Impossível no instante
Que alguém passasse lá
No caminho relevante.
                 VIII
A jumenta ruminante
Viu o anjo do Senhor
A ira de Balaão
Cresceu com o seu pudor
Balaão com uma vara
Espancou sem ter pudor.
               IX
Ordenou o criador
Fez a jumenta
Perguntou a Balaão
Três vezes a espancar
Porque a zombastes dele
Ele queria matar.
               X
A jumenta a explicar
Que a ele o servia
Carregava em seu lombo
Para onde o queria
Nisso o anjo do Senhor
Seus olhos ele abria.
                 XI
Balaão enxergaria
Com a espada na mão
Pondo o rosto na terra
Prostrou-se até o chão
O anjo explicou tudo
Até mesmo a agressão.
                  XII
Falando pra Balaão
Que logo arrependeu
O anjo orientou
E ele obedeceu
Isso foi só uma parte
De tudo que ocorreu.
          Mossoró-RN, 06.10.2017.
                 Ilton Gurgel, poeta.




Nenhum comentário: