quinta-feira, 4 de abril de 2013

TRABALHADOR RURAL E SUA REALIDADE




I

Quero hoje comentar

Um assunto especial

Falar de quem considero

Grande profissional

Trabalha sem assistência

O trabalhador rural.

II

Com nível salarial

Baixo e bem inibido

O patrão mal humorado

Muito mal agradecido

Acha que o seu trabalho

Parece que foi perdido.

III

Só que é favorecido

Esse ingrato patrão

Pois é o trabalhador

Quem faz toda produção

Trabalha de sol a sol

Sem nenhuma proteção.

IV

Vivendo sem condição

Sem nenhuma assistência

Apenas o Sindicato

Toma alguma providência

Sem carteira assinada

Ele não tem previdência.

V

O patrão com imprudência

Só sabe mesmo explorar

O pobre trabalhador

Que vive a trabalhar

O que recebe em troca

O chefe te humilhar.

VI

Eu posso assim chamar

Trabalho escravizado

Trabalha o dia todo

Dando murro no pesado

E sem ter nenhum descanso

Num sol quente é castigado.



VII

Trabalho sacrificado

Sem dó e nem piedade

O trabalhador rural

Enfrenta dificuldade

Seu trabalho é importante

Com grande intensidade.

VIII

Não tem a prioridade

Nem apoio essencial

Apenas é explorado

Num tratamento real

Como sendo um objeto

De um uso pessoal.

IX

Tratado feito animal

Trabalha sem garantia

Por que essa previdência

Que atende a burguesia

Para o trabalhador

Ele não tem serventia.

X

Tanta da burocracia

Na hora é exigida

Pra tudo um documento

Da Previdência pedida

Acha que trabalhador

Não tem direito a vida.

XI

É quem produz a comida

Para nos alimentar

Ninguém vê o seu trabalho

Não sabe valorizar

Quem só vive de dá duro

Sem ninguém o respeitar.

XII

Difícil é aceitar

Que ele tem seu direito

O patrão só visa lucro

E nunca dá o respeito

Para quem trabalha tanto

E que sofre preconceito.

Brasília-DF, 02.04.2013.

Ilton Gurgel, poeta.



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