terça-feira, 30 de abril de 2013

UMA PREVISÃO ERRADA.




I

Toda nossa natureza

Por Deus tudo foi criada

Futuro a Deus pertence

Teoria confirmada

O homem prevê e erra

O que é apresentada.

II

Uma previsão errada

Sobre a seca no Sertão

No ano dois mil e treze

Era a afirmação

Mas o homem não sabia

De Deus sua pretensão.

III

Por que essa previsão

Que a imprensa mostrou

Duma seca no Nordeste

O que tanto apavorou

Confirma que desta vez

Quem previu seca errou.

IV

Pois o inverno chegou

Com chuva em abundância

Que para o sertanejo

Tem a significância

De um tempo muito bom

E de muita importância.

V

Desde a minha infância

Em seca ouço falar

Quando morei no Sertão

Eu pude presenciar

Anos que tiveram secas

Sofrimento de rachar.

VI

Quando ao iniciar

Este ano o ano novo

Era previsão de seca

Causou medo entre o povo

Um quadro espantador

Confesso que me comovo.



VII

Âmbito dum tempo novo

Com a chuva que caiu

E essa metrologia

Desta vem ela mentiu

Por que a chuva chegou

Como todo mundo viu.

VIII

O que o povo sentiu

Foi a pura alegria

Registrando o inverno

Tirando fotografia

Fato que o sertanejo

Com certeza merecia.

IX

Plantação de melancia

De arroz e de feijão

Esperar o milho verde

Para a festa do São João

Renova a alegria

Com a grande gratidão.

X

E a cara do Sertão

Com a chuva está mudada

Os açudes transbordando

Os rios com enxurrada

Modificação de Deus

Com a chuva derramada.

XI

Com a chuva esperada

A nossa economia

Vai crescer e com certeza

Uma safra anuncia

Para todo sertanejo

Ter o que bem merecia.

XII

Somente a harmonia

No Sertão está reinando

E hoje novas notícias

A imprensa está mostrando

O inverno no Sertão

Ela está anunciando.

Brasília-DF, 30.04.2013.

Ilton Gurgel, poeta.



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