segunda-feira, 10 de outubro de 2016


LAVE A BOCA QUE ANTES BEIJEI, PRA PODER VOCÊ ESNOBAR DE MIM.
                         I
A gente tem relacionamento
Gostando sempre da pessoa amada
Pôr um fim ela fica preparada
Causando no fundo um sofrimento
Ainda vem com o atrevimento
Botando banca por causa do fim
Mas sempre acabando é assim
Vítima confesso que já passei
Lave a boca que antes beijei
Pra poder você esnobar de mim.
                      II
A mulher que fica se esnobando
Falando e fazendo a bobagem
Regredir ela tem essa coragem
E até ela fica debochando
Por qualquer nome que fica chamando
Mandando o cara comer capim
Chama até de tanto nome ruim
Tendo a chance o chama de gay
Lave a boca que antes beijei
Pra poder você esnobar de mim.
                     III
Ocorre sempre com facilidade
Crescendo índice duma fofoca
Fato que a mulher nunca se toca
Que mancha sua personalidade
Usada por um toque de maldade
Já não é fina igual a cetim
Só diz “não” querendo escutar sim
Por isso dela já me afastei
Lave a boca que antes beijei
Pra poder você esnobar de mim.
                     IV
E antes com palavra adocicada
E tanto do carinho que fazia
Criava palavras que a dizia
Pra amar se sentia preparada
Sendo que a relação transformada
Já não foi como rosa no jardim
Cobrando até tim tim por tim tim
Depois que ela eu abandonei
Lave a boca que antes beijei
Pra poder você esnobar de mim.
                     V
Você hoje debocha do amor
Que viveu e tinha no coração
Eu não sei se foi só uma paixão
Certo é que você nunca deu valor
Perdendo momento encantador
Atingiu com coração ao rim
Falando da operadora TIM
Repete o que não mencionei
Lave a boca que antes beijei
Pra poder você esnobar de mim.
                      VI
Pra quem tem uma cabeça vazia
Não pode conteúdo oferecer
Sem pensar não sabe o que dizer
Torna-se aquela pessoa fria
Sendo assim o homem nunca confia
Em quem tem tanto pensamento ruim
Distante igual daqui pra Berlim
Fico o mais distante que pensei
Lave a boca que antes beijei
Pra poder você esnobar de mim.
           Mossoró-RN, 05.10.2016.
                Ilton Gurgel, poeta.

Nenhum comentário: