BODE
I
Hoje quero comentar
Com minha dedicação
Falar em um animal
Que existe no Sertão
Tem um imenso valor
De enorme tradição.
II
Comercialização
No Sertão é importante
Parte da economia
Ele sempre está constante
É por isso que do bode
Eu falo neste instante.
III
Nosso coadjuvante
Esse grande aliado
O melhor da culinária
Do bode é preparado
No Sertão o animal
É muito valorizado.
IV
Seu couro é espichado
Para depois ser vendido
Trabalho artesanal
Antes de ser concluído
Segue para um cortiço
Para poder ser curtido.
V
Seu cheiro é embutido
Muito forte o odor
Sua carne também fede
Grande é o seu sabor
O escaldado do bode
É dum imenso valor.
VI
Gosta o consumidor
É da sua panelada
Que também é conhecida
Pelo nome de buchada
Pois das tripas e o bucho
Que ela é preparada.
VII
A cabeça cozinhada
Nela tem ingredientes
Os miúdos da cabeça
São bastantes atraentes
Além do sarapatel
Produtos convenientes.
VIII
Os bodes são influentes
Na nossa economia
Porém o leite de cabra
É de grande serventia
Muito rico em proteínas
Aumenta a energia.
IX
Bode tem autonomia
Quando é pai de chiqueiro
Ele cruza com as cabras
O serviço é ligeiro
Cuida de todo rebanho
E faz tudo de primeiro.
X
Eu já falei do seu cheiro
Uma marca registrada
Bodeja mais do que tudo
Quando está com namorada
Ele encontra na cabra
Sua grande aliada.
XI
Na cabeça é encontrada
Barba, chife e bigode
A outra característica
Que pula e se sacode
Símbolo do meu Sertão
Na região tudo pode.
XII
Assim eu falei do bode
Um animal conhecido
A vivência natural
A ele atribuído
Nosso Sertão com o bode
Eu vejo que faz sentido.
Mossoró-RN, 01.04.2018.
Ilton Gurgel, poeta.
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