NOSSO POVO
SERTANEJO
I
Quem conhece
o Sertão
Sabe que é
diferente
Nossos usos
e costumes
Talvez seja
atraente
Tem gente
que não conhece
A vida da
nossa gente.
II
Um lugar
conveniente
Que não tem
saneamento
Água vem de
ancoreta
Em um lombo de
jumento
Pega em uma
cacimba
É um grande
sofrimento.
III
Pro seu
armazenamento
Em um pote é
coada
Pra tirar
qualquer sujeira
Que nela for
encontrada
Sem cloro ou
qualquer químico
Ela nunca é
tratada.
IV
Assim é
considerada
Muito boa
pra beber
É fria por
natureza
Um sabor por
merecer
Em copo de
alumínio
Que bebemos
com prazer.
V
Poucos podem
entender
A vida do sertanejo
Pro fogão
usa a lenha
Em toda casa
eu vejo
A panela é
de barro
Cozinha sem
ter cortejo.
VI
A vida do
sertanejo
Ela é muito
sofrida
O trabalho é
pesado
A sua mão é
ferida
Pelo cabo da
enxada
Na luta que
é erguida.
VII
É o ponto de
partida
No sofrer de
todo dia
Sertanejo não
descansa
Ele não tem
mordomia
O ganho do
seu trabalho
Paga a
mercearia.
VIII
Hoje temos
energia
Que um pouco
facilita
A vida que é
pesada
Em uma luta
aflita
Cuidando de
animais
Numa batalha
bonita.
IX
Sertanejo acredita
Todo começo
de ano
Que terá um
bom inverno
Pois plantar
é o seu plano
Quando vem a
estiagem
Começa o
desengano.
X
No seu
coração humano
Mostra a sua
bondade
É um homem
solidário
Tem a boa
qualidade
O que mais
ele preserva
É sua
honestidade.
XI
E na
coletividade
Tem a vida
social
Para sua
diversão
Forró é o
principal
Para se
descontrair
Na sua zona
rural.
XII
Muito tradicional
Tem sua
convicção
Sua maior
alegria
É a chuva e
trovão
Vive na
terra natal
No nosso
velho Sertão.
Mossoró-RN, 06.04.2018.
Ilton Gurgel, poeta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário