quinta-feira, 5 de abril de 2018


FLORA CERTAJENA
               I
Dum assunto importante
Eu chamo sua atenção
Como um bom sertanejo
Que amo a região
Destaco neste meu verso
A floresta do Sertão
                 II
A nossa vegetação
Xique-xique e juazeiro
O velame e o mufumbo
E também tem o pereiro
Forma nossa caatinga
Que existe o marmeleiro.
               III
Existe no tabuleiro
É o pé de catingeira
Tem o pé de trapiá
E o pé de aroeira
Cortada ilegalmente
Pra dela fazer madeira.
               IV
Quase que por inteira
A Timbaúba sumiu
Existia no Sertão
E o mais antigo viu
O angico no Sertão
Por ser forte registiu.
               V
No Sertão onde seguiu
A sua transformação
Pois o pé de oiticica
Dava muita produção
A fruta dela servia
Para fabricar sabão.
               VI
Tinha outra extração
Que no Sertão se fazia
Foi o pé de carnaúba
Que até hoje em dia
Ele ainda é encontrado
Pois já teve serventia.
               VII
Do pé a palha fazia
A cera para vender
Era um bom crescimento
Emprego vinha trazer
Cera era matéria prima
Pra disco vinil fazer.
              VIII
Outro que vim conhecer
Existente no Sertão
Um remédio natural
Ele era solução
Quase que já não existe
Hoje o pé de peão.
              IX
Seu leite era então
Um remédio natural
Para mordida de cobra
Produto medicinal
Se não fosse o seu leite
A mordida era fatal.
                X
Fora da zona rural
No Sertão existe planta
Como o pé de algaroba
Sua sombra adianta
E o pé de eucalipto
Que bem alto se levanta.

                 XI
E tem também outra planta
No Sertão é encontrada
O pé de carnaubeira
Com a flor amarelada
Também chamada ipê
Pelo índio era usada.
                  XII
Assim hoje foi mostrada
Nossa flora sertaneja
Que para se preservar
Continua a peleja
Conservar a nossa flora
O sertanejo deseja.
            Mossoró-RN, 05.04.2018.
                    Ilton Gurgel, poeta.



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