terça-feira, 16 de março de 2010

A BAGUNÇA CONTINUA, SEM HORA PRA TERMINAR

I
Com a crise eleitoral
Que aqui se instalou
Por tudo que já passou
Batalha no Tribunal
Ato feio imoral
Tendência é aumentar
A vergonha está no ar
E o protesto na rua
A bagunça continua
Sem hora pra terminar.
II
Toda hora uma mudança
Fato novo acontece
O povo já não merece
A falta de confiança
É perder a esperança
Não podemos confiar
Quem podia imaginar
Toda essa alcatroa
A bagunça continua
Sem hora pra terminar.
III
Está o maior desmando
O Brasil envergonhado
Com isso apresentado
O povo se irritando
Estudante protestando
Como é que vai ficar
Que só faz é irritar
Dúvidas que ensinua
A bagunça continua
Sem hora pra terminar.
IV
Está a maior sujeira
A grande decepção
Por causa do mensalão
Levamos uma rasteira
Qualquer um faz a maneira
Para nos envergonhar
O medo faz aumentar
Acusado não recua
A bagunça continua
Sem hora pra terminar.
V
E o tempo vai passando
Sem ficar nada concreto
O político esperto
Com o bucho empurrando
Já alguns renunciando
Para poder se livrar
E não mais se complicar
Na posição se situa
A bagunça continua
Sem hora pra terminar.
VI
O comando que mudou
Já estamos no terceiro
O segundo e o primeiro
Um preso, um renunciou
Do que já se apurou
Tudo em Pizza terminar
E depois saborear
Pizza no claro da lua
A bagunça continua
Sem hora pra terminar.

Brasília-DF, 16.03.2010
Ilton Gurgel, poeta.

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