sábado, 11 de fevereiro de 2012

ATÉ QUANDO O POVO VIRA REFÉM, DE TUDO QUE EXPLORA A HUMANIDADE.

I
Eu sei que na margem de um limite
Vive um povo com imitação
Tentando viver com outro padrão
Imitando a camada da elite
Ao leitor eu faço este convite
Para ver a nossa realidade
Pois viver para a sociedade
E tudo que da qual ela contém
Até quando o povo vira refém
De tudo que explora a humanidade.
II
Hoje a mídia o mundo domina
Explora com tanto comercial
Lançando e causando grande mal
Um vírus que ao povo contamina
Pra viver errado ela ensina
Viver só de luxo e vaidade
Faltando nisso a maturidade
Por isso é que a ganância vem
Até quando o povo vira refém
De tudo que explora a humanidade.
III
Nós vemos tanta da exploração
No meio que aqui são ocorrentes
Novelas com as cenas indecentes
Programas incentivam a traição
Um quadro de total depravação
Aumenta muito o índice de maldade
E também cresce a criminalidade
Um fato que ao povo não faz bem
Até quando o povo vira refém
De tudo que explora a humanidade.
IV
Nós vemos até mesmo cortesia
Pra poder a pessoa iludir
Mostrando o que nunca vai servir
Ainda fazendo demagogia
Não passa de uma hipocrisia
Pra seguir acho imbecilidade
Manchando toda personalidade
Pra viver irreal e ir além
Até quando o povo vira refém
De tudo que explora a humanidade.

V
Precisa fazer uma reciclagem
Para ver se tem como consertar
Tudo que veio pra prejudicar
Destruir toda a nossa imagem
Pra mudar é preciso ter coragem
Difícil é ter a capacidade
Por causa de tanta comodidade
Eu sei que não vai escapar ninguém
Até quando o povo vira refém
De tudo que explora a humanidade.
VI
Grande é toda imaginação
Que viaja em outra categoria
Vivendo num mundo de fantasia
Virando refém da situação
Pois viver duma simples ilusão
Acho que perde a privacidade
Como é que vive com liberdade
Se tudo da prisão o povo tem
Até quando o povo vira refém
De tudo que explora a humanidade.

Brasília-DF, 11.02.2012.
Ilton Gurgel, poeta.

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