sexta-feira, 27 de julho de 2012

A CIDADE DO JÁ TEVE




I

Eu lamento informar

Na nossa realidade

Entre fatos e versões

Sobre a nossa cidade

Não tem como esconder

Toda a nossa verdade.

II

Com a sensibilidade

De poeta popular

E filho de Caraúbas

Não quero desagradar

Pois o conterrâneo é

Testemunha ocular.

III

Podemos presenciar

O nosso fato real

Título pra Caraúbas

Do qual não acho legal

”A cidade do já teve”

Título convencional.

IV

Porém não sou radical

Apenas um realista

O já teve em Caraúbas

Não é nada otimista

Por que não foi conservada

Fato de tanta conquista.

V

A gente vendo em vista

O já teve na cidade

Primeiro cito a falência

Da nossa maternidade

Que só restou a lembrança

Foi uma calamidade.

VI

Às vezes maturidade

Ou falta de ousadia

Teve estação e trem

Com ela a ferrovia

Acabou um patrimônio

Que antes o existia.



VII

Caraúbas teve um dia

O seu clube social

Era a famosa SEC

Muito tradicional

Hoje não existe mais

Só lembrança do local.

VIII

Teve Banco Federal

Que sua porta fechou

Também a coletoria

Na cidade acabou

Um Banco estadual

Que também não prosperou.

IX

O que incrível fechou

Sem nenhuma explicação

O prédio da Prefeitura

Não sei qual foi à razão

De virar uma ruína

Abandono e solidão.

X

Com total destruição

Para ser reformulada

Praça Reinaldo Pimenta

Totalmente abandonada

A reforma pelo meio

Que nunca foi terminada.

XI

Também foi exterminada

Nossa quadra de esporte

Em frente ao Antonio Carlos

Ela teve sua morte

Que na prática esportiva

Dava todo o suporte.

XII

Caraúbas é tão forte

Uma querida cidade

Recebe o seu progresso

Mesmo com fragilidade

Mas na lista do já teve

Não citem nem a metade.

Brasília-DF, 27.07.2012.

Ilton Gurgel, poeta.





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