CHEIRINHO DE
UM CURRAL
I
Na roça nós encontramos
Uma vida diferente
Nosso solo sertanejo
Onde tem este sol quente
E na sede da fazenda
A mudança é normalmente.
II
Eu fico muito contente
Quando eu chego na roça
Lugar da minha origem
Tem latada e palhoça
E comida natural
É o que a gente almoça.
III
Do que nós temos na roça
Chama minha atenção
A divisão que ocorre
Numa organização
Que a gente engrandece
Com as coisas do Sertão.
IV
Tem como indicação
Cito aqui um lo
Um lugar apropriado
Onde fica animal
Pra tirar leite das vacas
O conhecido curral.
V
Esterco de animal
Que no curral é soltado
Ele gera o estrumem
Pra adubo aproveitado
E na plantação da roça
Ele é utilizado.
VI
No curral é encontrado
Um cheiro não agradável
Que nós todos conhecemos
Pra alguns não suportável
Mas para o sertanejo
É um cheiro admirável.
VII
Um cheiro impermeável
É a marca da fazenda
O sabor do leite cru
De manhã é a merenda
Com o cheiro do curral
E quem não sabe aprenda.
VIII
Pra que a pessoa entenda
Quem ainda não conhece
Esse cheiro forte é
Logo quando amanhece
O gado se movimenta
E o solo se aquece.
IX
Ele sempre acontece
Faz a gente se lembrar
Que aquele cheiro forte
Sempre vem contagiar
As pessoas que respiram
Cheiro que fica no ar.
X
Ao sentir nos faz lembrar
Da nossa zona rural
A luta com animais
Tudo muito natural
Que para o sertanejo
Não vejo nada igual.
XI
O cheiro é como tal
A excelente lembrança
E que na nossa memória
Com o tempo ela avança
Faz a gente se lembrar
Nosso tempo de criança.
XII
Lembro até da lambança
Que no curral ocorria
Com o estrumem molhado
Na hora em que chovia
Fato que nós recordamos
Para nossa alegria.
Mossoró-RN,
09.06.2018.
Ilton
Gurgel, poeta.
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