quarta-feira, 13 de junho de 2018


RETORNEI PRA MORAR NO MEU SERTÃO, O GRANDE MOTIVO DE ALEGRIA.
                         I
Na vida a gente faz aventura
Muitas vezes fazemos sem pensar
O pior foi sair do meu lugar
Morar num local de mais estrutura
Fato que foi uma grande tortura
A saudade enorme que sentia
Os planos em que a gente fazia
Findava em uma decepção
Retornei pra morar no meu Sertão
O grande motivo de alegria.
                      II
A gente sair da terra natal
Lá fora fica assim meio perdido
Forasteiro é o nome recebido
Todo mundo a gente trata mal
Pra eles a gente é animal
Fosse aqui isso não acontecia
As vezes com a carteira vazia
Sem grana pra pegar a condução
Retornei pra morar o meu Sertão
O grande motivo de alegria.
                    III
Sertanejo não é reconhecido
Trabalha o patrão não agradece
O nosso serviço não reconhece
Deixando a gente bem mais sofrido
Fora do Sertão é tudo perdido
Pois ninguém na no Sul nos elogia
Fato que considero covardia
Além de não ter consideração
Retornei pra morar no meu Sertão
O grande motivo de alegria.
                    IV
A gente de tudo é censurado
Por quem mais vive na ignorância
Vivemos na margem da tolerância
Digo até um pouco escravizado
No Sertão isso não é praticado
A todos o Sertão beneficia
Sem contar que não temos correia
Não temos também discriminação  
Retornei pra morar no meu Sertão
O grande motivo de alegria.
                     V
Lá fora o sertanejo produz
Muito mais que outro trabalhador
Progresso cresce com nosso penhor
O desenvolvimento é quem conduz
A gente em progresso se traduz
E nunca recebe autonomia
Embora cem por cento merecia
E não tem aceita opinião
Retornei pra morar no meu Sertão
O grande motivo de alegria.
                    VI
Na vida eu tive essa conquista
No dia que voltei para morar
No Sertão onde é o meu lugar
Que vivo uma vida realista
Bom lugar aqui a gente avista
Eu digo isso sem demagogia
O Sertão é da nossa simpatia
E aqui digo que sou campeão
Retornei pra morar no meu Sertão
O grande motivo de alegria.
            Mossoró-RN, 12.06.2018.
                  Ilton Gurgel, poeta.






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