segunda-feira, 18 de maio de 2009

ALIENAÇÃO DA TELEVISÃO

I
Uma grande epidemia
Todo mundo é atingido
No nosso cotidiano
O que falo faz sentido
Faz parte de uma vida
Todo mundo dá ouvido.
II
O assunto é preferido
Quando ouço comentar
Seja no nosso trabalho
Na mesinha de um bar
Em festa ou pela rua
Ou então qualquer lugar.
III
Uns chegam a criticar
Mas fazem afirmação
Por que torna dependente
Dessa tal televisão
Que causa um grande mal
É a alienação.
IV
Qualquer comemoração
O povo ali comenta
Uma fala de novela
Audiência que aumenta
O mais cento é de que
A gente não agüenta.
V
A tv só atormenta
Mostra uma novidade
Todo dia um lançamento
Na maior modernidade
Aí está o perigo
Acho uma grande maldade.
VI
Fora da realidade
Mostra filme repetido
Programa muito atrasado
Que não faz nenhum sentido
Filme velho e encalhado
Na tv é exibido.

VII
Propaganda de partido
Vemos em todo horário
Quem promete e não faz
E quer ser majoritário
Propaganda de político
Com ar de autoritário.
VIII
Jogada de empresário
Propaganda maquiada
Por traz tem o interesse
Pra ver gente explorada
Deixando quem não entende
Muito mais alienada.
IX
Tem história fracassada
Seguida na conseqüência
Cada uma emissora
Quer mostrar sua potência
Começando assim a guerra
Para ter mais audiência.
X
Tem cenas de violência
Que não faz nenhum sentido
Fazendo apelação
Concorrente perseguido
Tem trabalhos copiados
Acho um tempo perdido.
XI
E para ter mais sentido
Em toda televisão
Mostrasse seu conteúdo
Na sua programação
Incentivar a cultura
Também a educação.
XII
Mudar toda posição
Mostrar jogo de verdade
Não grande contra pequeno
Acho uma barbaridade
Incentivar quem merece
E quem tem capacidade.

Brasília-DF, 16.05.2009
Ilton Gurgel, poeta.

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