quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

VIRADA DE ANO ,INESPERADO

I
O ano dois mil e dez
Começou com acidente
Resposta da natureza
Para toda nossa gente
Que não sabe preservar
Nem mesmo ser consciente.
II
Tempestade com enchente
E gente desesperada
Grandes os deslizamentos
Tragédia acidentada
Com agonias e mortes
Começou nossa virada.
III
Uma noite transformada
De festa em agonia
O prazer do ano novo
Antes era alegria
Neste ano aconteceu
Foi o que ninguém queria.
IV
Transformou a euforia
Em sentimento e dor
Quem perdeu habitação
Que dava tanto valor
Outros os familiares
Com afeto e amor.
V
Caso desesperador
A maior calamidade
Nós vimos na Ilha Grande
Quase o fim duma cidade
Lá em Ângara dos Reis
Com muita mortalidade.
VI
Foi uma eternidade
Um cenário de tristeza
A pura destruição
Onde tudo era beleza
Com um clima impossível
De curtir a natureza.

VII
Um momento de tristeza
Para todo brasileiro
Lama e muito trabalho
Para o Corpo de Bombeiro
A equipe de resgate
Trabalhando por inteiro.
VIII
Sofreu mito o brasileiro
Pois não foi só lá no Rio
O paulista enfrentou
Também esse desafio
Cidades debaixo d’água
Com sede, fome e frio.
IX
Pai,irmão filho e tio
Família desesperada
Tudo que a gente via
Não era nada animada
Com a perca de parentes
Muita gente angustiada.
X
Essa data foi marcada
Para a gente esquecer
Por toda a nossa vida
Não venha acontecer
Nessa virada de ano
Com muita gente morrer.
XI
E grande foi o sofrer
Que a gente acompanhou
Quem perdeu tudo que tinha
Só a tristeza ficou
Quem tinha tudo na vida
E a enchente levou.
XII
Para quem colaborou
Mostrando ser solidário
Fica o agradecimento
Naquele triste cenário
Gente que tanto ajudou
Num trabalho voluntário.

Brasília-DF, 07.01.2010
Ilton Gurgel, poeta.

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