sexta-feira, 17 de maio de 2013

SÓ FALA DA VIDA ALHEIA, QUEM NÃO TEM O QUE FAZER.




I

Quem tem a mente vazia

E não tem ocupação

Levar a vida em vão

Sem nenhuma serventia

A fofoca aprecia

E procura entender

Debochar é seu prazer

Uma coisa muito feia

Só fala da vida alheia

Quem não tem o que fazer.

II

Pessoa desocupada

Que não tem nada na mente

Fala mal de toda gente

E fica preocupada

Pois já fica programada

Falar mal de outro ser

No mundo permanecer

Como se fosse aldeia

Só fala da vida alheia

Quem não tem o que fazer.

III

Por que quem é falador

Só fofoca interessa

Disso o próprio confessa

Que é admirador

Mostra que o seu valor

Nunca faz por merecer

Falador a gente ver

O sangue corre na veia

Só fala da vida alheia

Quem não tem o que fazer.

IV

Fora da realidade

Não merece confiança

Ter vida sem esperança

E sem credibilidade

Sabemos que a maldade

É pecado cometer

Cem por cento seu querer

É completo e não é meia

Só fala da vida alheia

Quem não tem o que fazer.

V

Uma mente poluída

Que tem um desocupado

O próprio é preparado

Para falar mal de vida

Na cabeça é inserida

O pior que pode ter

O futuro pode ser

Na cela duma cadeia

Só fala da vida alheia

Quem não tem o que fazer.

VI

Eu considero banal

Sem nenhuma utilidade

Quem tem a mentalidade

Somente pra falar mal

É um irracional

Sem nada para colher

Gente assim no entender

É um saco de areia

Só fala da vida alheia

Quem não tem o que fazer.

Brasília-DF, 17.05.2013.

Ilton Gurgel, poeta.







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