quinta-feira, 16 de maio de 2013

VIVE NA ESCRAVIDÃO, TODO ASSALARIADO.




I

Parece uma piada

O nível salarial

Mínimo, comercial...

O ganho não dá pra nada

Grande é toda jornada

Dando um duro danado

Torna-se escravizado

Passa por humilhação

Vive na escravidão

Todo assalariado.

II

O Governo só promete

O salário aumentar

Na promessa só ficar

Pois só a esse compete

No salário nada investe

Só pra quem é do seu lado

Com salário congelado

Libera a inflação

Vive na escravidão

Todo assalariado.

III

E cumprindo o horário

Trabalhador é fiel

Fazendo o seu papel

Com o seu baixo salário

Sem ter intermediário

Ele fica obrigado

A ficar acostumado

Com essa exploração

Vive na escravidão

Todo assalariado.

IV

O patrão quer produzir

Ter um lucro exorbitante

Pra ele é importante

No mercado competir

Nunca vai admitir

Que também é um culpado

Dum salário praticado

Sem margem de condição

Vive na escravidão

Todo assalariado.

V

O salário é vergonhoso

Muito baixo seu valor

Para o trabalhador

Que é muito caprichoso

E se torna um famoso

Pelo que é explorado

Um ganha classificado

Como uma regressão

Vive na escravidão

Todo assalariado.

VI

Com um mínimo a receber

Sabe que não dá pra nada

Pra que é aposentada

Pouco dá para fazer

Pois nem pode atender

Do que é necessitado

Por que é tudo comprado

Por causa da precisão

Vive na escravidão

Todo assalariado.

Brasília-DF, 16.05.2013.

Ilton Gurgel, poeta.



Nenhum comentário: