quarta-feira, 29 de maio de 2013

SEGUIR MODA DE NOVELA, NÃO FAZ O MENOR SENTIDO.




I

Um País alienado

Onde o dinheiro manda

Existe uma demanda

De um jeito explorado

O povo já calejado

Do que vê e é ouvido

Daquilo que é seguido

Que na hora amarela

Seguir moda de novela

Não faz o menor sentido.

II

As cenas de ficção

Fora da realidade

Quer somente na verdade

Fazer a exploração

Pois a imaginação

Tem o lado atingido

Lançamento exibido

Quem lança fica na dela

Seguir moda de novela

Não faz o menor sentido.

III

Sendo duma maquiagem

A um corte de cabelo

Mostrado no mesmo zelo

A moda lança a imagem

Pra seguir toda a triagem

Que é logo permitido

Um esmalte ou um vestido

Que na moda se atrela

Seguir moda de novela

Não faz o menor sentido.

IV

Considerado feliz

A idéia do autor

Quando usa um ator

Ou mesmo uma triz

Que até provérbio diz

Que é logo traduzido

E o jeito incluído

Exposto na aquarela

Seguir moda de novela

Não faz o menor sentido.

V

A confortável mansão

Luxuoso apartamento

Com o mesmo argumento

Fazer a exibição

E no modelo padrão

É tudo bem conferido

Tudo é bem atraído

Até a cor da janela

Seguir moda de novela

Não faz o menor sentido.

VI

Novela traz lançamento

Duma nova melodia

O que não é teoria

Grande é o fingimento

Sexo feito no momento

Devia ser proibido

Marketing tão poluído

Isso que ela revela

Seguir moda de novela

Não faz o menor sentido.

Brasília-DF, 23.05.2013.

Ilton Gurgel, poeta.

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