sexta-feira, 29 de novembro de 2013

CONSIDERO EPIDEMIA, A POLÍTICA BRASILEIRA.




I

Tem doenças incuráveis

Aquela que não tem cura

Uma que ninguém segura

Por ter quadros lamentáveis

Manobras intermináveis

Vira uma bagaceira

Não importa a bandeira

É a mesma euforia

Considero epidemia

A política brasileira.

II

Tem político desastrado

Mal administrador

Só visa o eleitor

Pra ter voto e ser honrado

Se acaso for cassado

Chama tudo de besteira

Planeja duma maneira

Na mesma autonomia

Considero epidemia

A política brasileira.

III

Para vencer eleição

Tanto acordo é feito

Deputado ou Prefeito

Manobram sem exceção

Parecendo união

Fazem fórmula certeira

Visam à mesma cadeira

Só isso ele aprecia

Considero epidemia

A política brasileira.

IV

Qualquer um adversário

No fundo é um amigo

Aí mora o perigo

Do correligionário

Faz o povo de otário

Fazendo a berradeira

Eleitor na brincadeira

O seu bolso esvazia

Considero epidemia

A política brasileira.

V

O político indecente

Faz tanta coisa errada

Deixando prejudicada

A pessoa inocente

Precisa ser consciente

Mas vive dando rasteira

Inventa qualquer barreira

E a atenção desvia

Considero epidemia

A política brasileira.

VI

Político só quer poder

Isso custe o que custar

Nunca vai se arriscar

Lutar para não vencer

O povo sem merecer

Assiste a baboseira

Baixaria e besteira

Mesmo assim se contagia

Considero epidemia

A política brasileira.

Brasília-DF, 26.11.2013.

Ilton Gurgel, poeta.













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