terça-feira, 29 de abril de 2014

VÉSPERA DE FERIADO




I

No começo da semana

Próximo dum feriado

Cai no meio da semana

O dia tão esperado

Pro descanso merecido

De quem pega no pesado.

II

É um dia dedicado

Para o trabalhador

Que dá duro sem parar

O patrão não dá valor

Além de ser explorado

É um grande produtor.

III

Um dia merecedor

Para comemoração

Ms com o baixo salário

E tanta exploração

O nosso trabalhador

Fica sem motivação.

IV

A volta da inflação

Engole nosso salário

Tudo aumenta todo dia

Não importa o horário

Enchendo cada vez mais

O bolso do empresário.

V

Só que tem um mercenário

Que espera esse dia

Esse que já não faz nada

A não ser a covardia

Quando refiro a ele

Eu fico com alergia.

VI

Causa tanta antipatia

O político brasileiro

Que engana a nossa gente

Com o seu jeito faceiro

Só pensa no próprio bem

E ganhar muito dinheiro.



VII

Pois é um tiro certeiro

Quando o feriado vem

O político aproveita

Não atende a ninguém

Nem vai no seu gabinete

Que devia ir também.

VIII

Esse indo mais além

Pra encontrar o culpado

Joga a culpa nesse dia

Que chama de feriado

Para poder enrolar

Nosso povo humilhado.

IX

Sendo o mesmo preparado

Para dar sua resposta

Diz que não vai atender

Conforme sua proposta

Por causa do feriado

Ele fala e ninguém gosta.

X

Faço até uma aposta

Que antes já viajou

Pra sua terra natal

Como assim já planejou

A semente sem dá fruto

O próprio povo plantou.

XI

O dia que não chegou

Ele ainda vai chegar

E pelo trabalhador

Ansioso a esperar

Pra poder no feriado

Por direito descansar.

XII

Podemos observar

Como tudo acontece

Véspera de feriado

Político não aprece

Emendando os outros dias

Fato que ninguém merece.

Brasília-DF, 29.04.2014.

Ilton Gurgel, poeta.

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