CARNE DE
CRIAÇÃO
I
No Sertão nós encontramos
Manias na nossa vida
Nosso modo de falar
Que é tão atribuída
Ao sertanejo nato
Na pessoa percebida.
II
Nós temos uma comida
Aqui no nosso Sertão
Por ser tão apreciada
Virou uma tradição
Está sempre no cardápio
Desta nossa região.
III
A carne de criação
Assim ela é chamada
Devido nosso costume
É assim pronunciada
Um excelente sabor
Nada a ser comparada.
IV
Ela é avaliada
Em um modo rotineiro
Que é a carne de bode
E a carne de carneiro
Sendo muito parecidas
Neste Sertão brasileiro.
V
Seja bode ou carneiro
Por criação é chamada
Pelo pronunciamento
Não tem palavra errada
Pelo nosso comodismo
De quem é acostumada.
VI
Com tempero preparada
É o prato sertanejo
Na mesa é consumida
Todos sentem o desejo
De poder saborear
Conforme todo ensejo.
VII
Todo nobre sertanejo
Dela é consumidor
Pois carne de criação
Com excelente sabor
Um cheiro bem atrativo
Com a variada cor.
VIII
A carne não tem sensor
Para ver a diferença
Só que carneiro e bode
Que quem não conhece pensa
Acha ser tudo igual
E tem esta desavença.
IX
A pessoa se convença
Na hora que for comprar
Não importa o animal
Pois o que pronunciar
Sempre dá tudo no mesmo
Nunca vai se enganar.
X
A carne a destacar
Tem o mesmo nutriente
E as mesmas calorias
Nada mais ninguém invente
Sabor também é igual
Disso eu sou consciente.
XI
Carne muito atraente
Alimenta muito bem
A carne de criação
Boa qualidade tem
Grande a variedade
Que faz com ela também.
XII
Quando o seu cheiro vem
Não dá para resistir
A carne de bode assada
Para a gente consumir
Quanto a carne de carneiro
Sabor podemos sentir.
Mossoró-RN, 17.08.2016.
Ilton Gurgel, poeta.
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