terça-feira, 23 de agosto de 2016


EM TEMPO DE ELEIÇÃO, NÃO TEMOS TRANQUILIDADE.

                 I

Desculpe o candidato

Mas respeite o eleitor

Na campanha com penhor

Nunca mede qualquer fato

Como diz paga o pato

A nossa sociedade

Grito e calamidade

E som traz poluição

Em tempo de eleição

Não temos tranquilidade.

                 II

Retratos sujam as ruas

Lixos são acumulados

Tantos locais encontrados

Cabos que se acentuas

Com mulheres quase nuas

Tanta imoralidade

Pede voto com maldade

E segunda intenção

Em tempo de eleição

Não temos tranquilidade.

                 III

Descansar fim de semana

Ou então num feriado

Com o jeito camuflado

O político só engana

Quem gosta acha bacana

Acha exclusividade

É uma barbaridade

Palavra com agressão

Em tempo de eleição

Não temos tranquilidade.

                 IV

É tanta da gritaria

Faz do ouvido pinico

O respeito nenhum tico

Zoada e agonia

Não entendo a melodia

Que sai com intensidade

Não importa a cidade

É a mesma confusão

Em tempo de eleição

Não temos tranquilidade.

                V

Uma campanha sem nível

Apela pra baixaria

Mentira e covardia

Pois é um fato incrível

Com o ouvido sensível

Não temos suavidade

Ninguém tem capacidade

Pra dar uma solução

Em tempo de eleição

Não temos tranquilidade.

                  VI

Com o mesmo repertório

De candidato mentindo

Dizendo e não cumprindo

Sem registro de cartório

Nem mesmo um relatório

Pra mostra a falsidade

No fundo é vaidade

E depois corrupção

Em tempo de eleição

Não temos tranquilidade.

         Mossoró-RN, 22.08.2016.

               Ilton Gurgel, poeta.

 

 

 

 

 

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