quarta-feira, 27 de março de 2013

VIDA DUM ALIENADO




I

Falo em uma pessoa

Que vive na ilusão

Fora da realidade

Sem um modelo padrão

Procurando imitar

E sem ter opinião.

II

Totalmente sem ação

Parece ser preparada

A viver o que não é

A cabeça alimentada

Duma pura fantasia

Que Poe essa é formada.

III

Pessoa alienada

Com tudo ela combina

Só balança a cabeça

Numa cega disciplina

Aprendeu a conviver

O que o outro ensina.

IV

E com tudo se fascina

Embora sem entender

Talvez só pra agradar

Com o que outro dizer

Sem própria opinião

Fazendo permanecer.

V

Como nós podemos ver

Benefício nunca traz

Formação é programada

Mostra que não é capaz

De ter a sua postura

Faz o que o outro faz.

VI

É passado para traz

Pela sua concorrência

Por imitar as pessoas

Que essa tem influência

Numa vida apegada

Duma total aderência.



VII

Tem a própria consciência

Com a sua própria vida

Numa orientação

Pelos outros dirigida

Numa caminhada assim

Com a vida iludida.

VIII

A mente é envolvida

Somente pra concordar

Tudo que o outro quer

Ou então realizar

O alienado faz

Pra o outro agradar.

IX

Podendo prejudicar

A sua mentalidade

O alienado vive

Fora da realidade

Tem uma vida parada

Sem objetividade.

X

Tem sua fragilidade

Torna-se muito carente

Ficando um seguidor

De um tanto dependente

Às vezes por um motivo

Que seja bem influente.

XI

Considero inconsciente

Ou doença confirmada

Que age sem seu querer

É mesmo alienada

Para não contrariar

Quem dessa é comandada.

XII

Mesmo sendo aconselhada

Mudar de opinião

Ter sua conduta certa

E ter sua formação

Sempre terá sua vida

Em total libertação.

Brasília-DF, 24.03.2013.

Ilton Gurgel, poeta.





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