terça-feira, 29 de outubro de 2013

ROTINA DUM TRABALHADOR RURAL.




I

Viver um cotidiano

De uma realidade

Dum trabalhador rural

Vive na fatalidade

Em uma exploração

A mesma veracidade.

II

Tendo por finalidade

O mesmo objetivo

O nosso trabalhador

Ágil e muito ativo

Trabalha todos os dias

E nunca tem incentivo.

III

É um homem decisivo

Para a nossa produção

O trabalhador rural

Com o seu calo na mão

Planta, colhe e produz...

Toda alimentação.

IV

E por parte do patrão

O mesmo é explorado

Ultrapassa o horário

E não é recompensado

Não recebe hora extra

Só é mesmo é cobrado.

V

Sem direito respeitado

Come sua bóia fria

Sorte quem come quentinha

Mas descanso não teria

E nesse trabalhador

O patrão nunca confia.

VI

A aposentadoria

Esse pode esquecer

Mesmo por invalidez

Nunca vai acontecer

Muitos passam da idade

Sem o aposento ter.



VII

Faz a produção crescer

Num trabalho esgotado

É chamado atenção

Quando chega atrasado

Dá duro o dia todo

Termina muito cansado.

VIII

À noite já preparado

Para a sua labuta

Um dia depois do outro

É seguida sua luta

Indo reivindicar

O patrão nunca escuta.

IX

Tem uma pesada luta

O trabalhador rural

Num sol quente é exposto

Com o trabalho braçal

Luta que eu considero

Serviço muito brutal.

X

Apenas o FUNRURAL

Para dar a assistência

Com tanta burocracia

Que tem essa previdência

O nosso trabalhador

Sofre séria conseqüência.

XI

É uma experiência

Por esse adquirida

Trabalha sem ter valor

Devia ser proibida

Uma exploração assim

Que ocorre em sua vida.

XII

Profissão tão esquecida

Por político e governante

Que só sabe pedir voto

Ocorre todo instante

Mas por esse não faz nada

Nessa rotina constante.

Brasília-DF, 28.10.2013.

Ilton Gurgel, poeta.







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