CARAÚBAS NO
PASSADO, ANOS 60
I
Caraúbas no passado
Pouca coisa existia
Não tinha televisão
E nem tecnologia
Notícia só pelo rádio
Quando a gente ouvia.
II
Era uma correria
Pra pessoa viajar
Estradas esburacadas
Muita poeira no ar
Com as chuvas do inverno
Lama para atolar.
III
A gente pode lembrar
Que também a energia
Vinha de um gerador
Logo que escurecia
Nove e meia da noite
Ela então acabaria.
IV
Tudo que se moveria
Era muito natural
Geladeira a querosene
Ferro a brasa radical
Na bomba de gasolina
Era trabalho braçal.
V
Era tudo tão normal
O povo vivia bem
De caminhão ou de misto
Todos andavam também
Ônibus só pra Natal
Aqui passava o trem.
VI
Não existia além
Do que era necessário
Não tinha computador
E nem serviço bancário
Máquina de mimiógrafo
Tinha em educandário.
VII
Tinha por itinerário
Fazer datilografia
Pra arrumar um emprego
O curso influencia
Uso de ventilador
Não lembro se existia.
VIII
A água que se bebia
Chegava do carroceiro
Em galão ou roladeira
Seguia todo roteiro
Sem cloro ou tratamento
Era o tempo inteiro.
IX
Corria pouco dinheiro
Existia segurança
Comércio vender fiado
Todos tinham confiança
Anotado em caderneta
Disso nós temos lembrança.
X
Era tudo esperança
E na comunicação
Tinha uma divulgadora
Momento pra diversão
Telefone só correios
E de pouca condição.
XI
Nesta globalização
Nós lembramos do passado
Esta tecnologia
Tudo informatizado
Um museu pra Caraúbas
Precisava ser fundado.
XII
Pra o seu filho amado
Ter assim recordação
A história da cidade
E sua evolução
E tomar conhecimento
Sua nova geração.
Mossoró-RN,
26.07.2018.
Ilton
Gurgel, poeta.
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